sábado, 9 de fevereiro de 2013

[Opinião +D] Globalização, Preço e Qualidade

Porque estamos tão interessados em nivelar-nos pelos preços de produção, levando-nos a um raciocínio que tudo tem que ser barato para ter consumo.

Todos nos devemos preocupar com produção que ofereça características técnicas contrárias ao que é possível fabricar em quantidades numa expetativa de consumo do “use e deite fora”.

Vamos dinamizar a nossa produção na qualidade e na diversidade com tecnologia o que não é possível fazer em linhas de grande produção.

Quando vamos fazer uma transação, queremos ter a certeza de que vamos obter o produto, o artigo ou a propriedade certa – uma antiguidade genuína, por exemplo – mas também que a apreciaremos e usaremos com satisfação.

As coisas não são melhores quando a propriedade é comum. As herdades coletivas da China tinham uma produtividade miserável porque ninguém tinha incentivos para trabalhar muito quando o lucro que daí resultasse seria partilhado com todos os outros, fossem bons trabalhadores ou preguiçosos.

Há também desmotivação de um povo quando em troca do seu trabalho recebem uma pequena parte do lucro.

Seguindo os hábitos existentes num País, podemos em cada região perceber o que é mais difícil de se conseguir obter, que tipos de especialização devemos ter para conseguir responder às necessidades locais.

A segunda condição essencial é o preço e a qualidade, sabendo que por vezes a segunda causa demora mais tempo a ser reconhecida em muitas áreas.

A terceira condição essencial é que a informação estar disponível. É muito importante valorizar-se o que se oferece pela qualidade, sendo esta a quarta condição, reconhecidamente feito pela garantia anexando todos os direitos que lhe são inerentes.

A quinta condição para um mercado bem sucedido é a concorrência. Os mercados funcionam melhor quando existe a possibilidade de escolher tendo em conta a inovação e a diversidade.

Tudo isto implica a necessidade de um adequado cumprimento das regras, para que os mercados funcionem. A segurança e a Justiça são factores de maior exigência, não pode existir um mercado próspero se alguns dos seus intervenientes estão acima da lei ou se contornam conforme os seus desejos; esta é pois a sexta condição.

Tal como foi referido, o local onde nos queremos localizar pode em termos da lei ser por maioria de razões um último recurso, e por vezes dispendioso, é aqui que a sétima condição se destaca pela confiança, condição que determina o sucesso.

Finalmente como oitava condição consideramos a cultura como uma necessidade que se deve sentir em todas as relações dos intervenientes.

A verdade é que morando na capital, neste tempo difícil reconheço a falta de alguns serviços e produtos, e se pretender alguns requisitos na qualidade a falta é muito maior.

O nosso comércio local pode e deve cobrir estas lacunas.

Fernando Faria (membro da Coordenação Nacional do +D)

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