terça-feira, 27 de agosto de 2013

[Opinião +D] Da boa e má imprensa

Há políticos com “sorte”, chamemos-lhe assim. Independentemente do que façam, têm sempre uma imprensa benevolente. Pronta a elogiar ou, quando o elogio soa demasiado falso, a ignorar as “gaffes”. Durante anos, passou-se isso com o Bloco de Esquerda, de tal forma que se pode mesmo dizer que o BE foi, sobretudo, uma construção mediática. Até ao ponto da sua vacuidade ideológica se ter tornado demasiado indisfarçável. Mesmo para a sua aguerrida claque jornalística.


Com certas figuras políticas, passa-se o mesmo. António Costa, Presidente da Câmara de Lisboa, é o caso mais evidente. Há uns meses, conseguiu criar o caos no centro da cidade com uma remodelação do trânsito no Marquês de Pombal pessimamente programada. Há uns dias, com o país a arder, requisitou umas centenas de bombeiros para um “simulacro de incêndio”, como se os bombeiros que temos fossem suficiente para combater os incêndios reais. Num e noutro caso, sem crítica audível. De facto, há gente com “sorte”, chamemos-lhe assim.







Renato Epifânio (membro da Coordenação Nacional do +D)
Os textos de opinião aqui publicados, se bem que da autoria de membros dos órgãos do +D, traduzem somente as posições pessoais de quem os assina.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

[Opinião +D] Igualdade mas nem por isso

Vi ontem esta publicação do Público, on-line http://www.publico.pt/autarquicas2013. Está graficamente bem conseguida e muito bem elaborada, apresentando todos os candidatos, por concelhos, às Autárquicas 2013. Até aqui tudo muito bem. Contudo, quando passamos a uma análise mais detalhada da informação verificamos que afinal a igualdade nos elementos fornecidos não é assim tão rigorosa. É que se para os candidatos dos partidos se apresenta a fotografia, o nome e uma breve apresentação biográfica, o mesmo não acontece com os candidatos independentes. Quanto a estes, apenas os independentes que já estiveram ligados aos “maiores” partidos (PSD, PS) tem direito ao mesmo tipo de texto.

Na minha opinião, o artigo do Público que inicialmente até me tinha agradado perdeu, por isto, todo o seu valor. Dir-me-ão que os independentes em causa não são muito conhecidos e que talvez por isso não seja jornalisticamente tão relevante a apresentação dos mesmos. Ora bem, o jornalismo implica trabalho de investigação, novidade e isenção.

No caso da investigação, bastaria um simples contacto com as sedes de candidatura ou, tão somente, uma simples pesquisa na internet ou no facebook. Outra questão que se levanta é a da novidade. A este nível não seria verdadeiramente mais rico um trabalho jornalístico contendo elementos informativos acerca de todos os candidatos? É que assim, sim, traria novidade e não seria apenas uma apresentação de “mais do mesmo”. Por fim, a que para mim é também a questão mais importante, a questão da isenção jornalística. Esta seria muito mais real e efectiva se todos os candidatos fossem apresentados da mesma maneira.

Além disso, os candidatos dos partidos, na sua maioria, já são conhecidos. Alguns até dispensam apresentações, pois já são sobejamente conhecidos dos portugueses. Por isso, acho que este trabalho ficaria muito mais completo se apresentasse realmente todos os candidatos e não fosse apenas mais um cartão de visita e propaganda fácil da partidocracia vigente.

É pena pois penso que é o próprio jornalismo que perde com isto. Os leitores que, neste caso, serão também os votantes, estão fartos do que já conhecem. Estão cansados de ver as mesmas caras e ouvir as mesmas promessas é urgente que surjam alternativas e os meios de comunicação social, terão de rever a sua forma de fazer jornalismo e saber acompanhar as exigências da sociedade portuguesa.



Margarida Ladeira (Membro da Coordenação Nacional +D)
Este comentário é da exclusiva responsabilidade da sua autora

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

[Opinião +D] São todos bons rapazes?!...

Li hoje um artigo que dá como certo e de acordo com estudos de 2 especialistas que os eleitores vêem as obras de última hora feitas em tempo de campanha ou de pré-campanha eleitoral pelas autarquias cujos presidentes se vão recandidatar como uma coisa normal, até mesmo natural.

É que o investimento em infra-estruturas será a principal preocupação dos munícipes e por isso ninguém levará a mal estas medidas mesmo que percebam que elas têm propósitos unicamente eleitoralistas.

Vá lá que isto se verifica só se se tratar de pequenas obras, porque se forem grandes o pessoal já não acha graça, já lhe parece um pouquinho mal…
Continua a ser este o país que temos?! Continua a ser esta a nossa forma de pensar?! Creio e espero que as coisas já não sejam tanto assim. Que neste como noutros aspectos, estamos a caminhar bem e que estamos a tomar mais e mais consciência de que as coisas têm que mudar e que o mundo do “faz de conta” tem de dar lugar ao mundo da verdade e da transparência.

Mas a ver vamos quando chegar a hora de irmos às urnas… E vai ser já no dia 29 de Setembro.







Francisco Mendes (Membro da Coordenação Nacional +D)

Os textos de opinião aqui publicados, se bem que da autoria de membros dos órgãos do +D, traduzem somente as posições pessoais de quem os assina.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

[Opinião +D] Os “salta-pocinhas”

Segundo as últimas sondagens, a mais recente crise política afectou sobretudo o CDS-PP e, em particular, o seu líder, Paulo Portas. Não sabemos se essa queda nas sondagens será “irrevogável”, mas, decerto, é essa a palavra-chave para explicar o fenómeno. O que é, apesar de tudo, um bom sinal. A população é, em geral, cada vez mais cínica em relação aos políticos – “são todos mais ou menos iguais”, considera –, mas, ainda assim, há linhas vermelhas.

Mário Soares, a este respeito, tudo disse, quando chamou a Portas “salta-pocinhas”. Só é pena que Soares não tenha a menor autoridade para o dizer – ainda nos lembramos que chegou a jurar abandonar irrevogavelmente a vida política activa, acabando depois por se recandidatar às eleições presidenciais, onde obteve o resultado humilhante que se sabe.

Seja como for, precisamos, de facto, de uma nova classe política – não mais calculista, que apenas siga o princípio, igualmente cínico, de que “em política, nunca digas nunca”. Isso não seria, de todo, suficiente. Ao contrário, precisamos de políticos que tenham a coragem de se comprometer com determinados princípios mas que, depois, honrem esses compromissos. Aí sim, irrevogavelmente. E sem invocaram em vão “a Pátria” para procurarem justificar as suas cambalhotas…

 





Renato Epifânio (membro da Coordenação Nacional do +D)
Os textos de opinião aqui publicados, se bem que da autoria de membros dos órgãos do +D, traduzem somente as posições pessoais de quem os assina.

[Opinião +D] Os partidos políticos no nosso País foram e são os agentes que levaram um povo à falência

Os partidos políticos no nosso País foram e são os agentes que levaram um povo à falência, devem, por isso ser chamados à responsabilidade, os tribunais estão envolvidos por interesses ocultos à estagnação da justiça, basta analisar o SLN/BPN, em que o Presidente da República e figuras de responsabilidades políticas não escaparam no seu envolvimento.

O sentido de patriotismo só pode existir quando ninguém se sente roubado, os direitos sociais a extinguirem-se, o sentido de Estado degrada-se todos os dias, os corruptos, ladrões oportunistas estão colocados nas grandes empresas com ordenados ofensivos, a fome instala-se no País, a segurança das pessoas e bens estão em perigo permanente.

Estas são as condições que colocam as FORÇAS ARMADAS na missão que juraram sobre a sua honra defender, a soberania de Portugal nunca esteve tanto em causa como a situação que nos encontramos governados por incompetentes, garotos carregados de birras. Ou as FORÇAS ARMADAS TOMAM O PODER, promovendo eleições obrigatórias com a apresentação de movimentos da cidadania, excluindo todos os que tiveram de forma directa ou indirecta responsabilidade em acções governamentais que nos trouxeram até aqui, ou o povo chegando ao limite da sua tolerância condenara as forças armadas de TRAIÇÃO À PÁTRIA.

Só existe a solução apresentada antes que o sangue seja derramado nas ruas pelas forças carentes da justiça e da equidade, só assim poderemos mobilizar e incentivar milhares de portugueses que ignoram a nossa produção em bens de consumo e os baixos preços que habilidosamente é arrancada aos agricultores. Quantas pessoas se não orgulham dos seus conhecimentos, sem que um orgulho igual as anime à sua utilização prática para a solução dos problemas postos continuamente na construção do destino do nosso País. Na actual situação cada homem, cada mulher, cada jovem e cada sénior devem tomar consciência da sua total mobilização a favor dos imperativos nacionais. Existe para uns e para outros, no espírito da readaptação, uma tarefa educativa permanente, uma preocupação duma melhor situação do conjunto que deve predominar sobre todas as pessoas, uma vontade constante de fazer com que Portugal saia da noite em que o sistema da representatividade pelos partidos políticos nos mergulhou.




Fernando Faria (membro da Coordenação Nacional do +D)
Os textos de opinião aqui publicados, se bem que da autoria de membros dos órgãos do +D, traduzem somente as posições pessoais de quem os assina.

domingo, 18 de agosto de 2013

[Opinião +D] Traças imprudentes e descuidadas

No rescaldo da última sondagem publicada sobre as intenções de voto dos escalabitanos nas próximas eleições autárquicas, de 29 de setembro, fiquei a saber que a larga maioria dos eleitores do Município de Santarém, alinha com os mesmos que ao longo de anos assumindo a gestão autárquica praticaram os desmandos conhecidos e outros ainda por conhecer que levaram à falência técnica a Câmara Municipal. O recente abandono do então Presidente da Câmara pouco beliscou a popularidade da força política que se mantém à frente da gestão da autarquia. Mesmo a tradicional oposição, utilizando propaganda «maciça» não conseguiu, até ver, modificar significativamente o sentido de voto agora avaliado.

Integro a Candidatura Independente Mais Santarém e não me surpreendo com a indiferença que sinto por parte de algumas pessoas. Não é fácil acreditar que o nosso pequeno esforço, pode contrariar, com muita eficácia, a onda avassaladora que se abate sobre pessoas e instituições, aniquilando-as, mas como é possível que quem vive paredes meias com o desnorte, não procure novo rumo e não seja o primeiro a inverter o caminho que o arrasta coletivamente para um beco ?

Aquilo que se passa é algo semelhante ao que acontece às traças que fascinadas por um ponto luminoso se vão aproximando descuidadamente. No limite ficarão torradas com tanta luz e tanta imprudência.




Carlos Seixas  (membro da Coordenação Nacional do +D)
Os textos de opinião aqui publicados, se bem que da autoria de membros dos órgãos do +D, traduzem somente as posições pessoais de quem os assina.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

[Opinião +D] Quem és tu agora, Europa?

Chegou a Lisboa vindo de Praga, após escala de 1h em Zurique onde mudou de avião para aproveitar o low-cost. É daquelas criaturas que a natureza dotou com uma aura majestática, à primeira vista firmada na beleza mas depressa percebemos habitar naquele corpo mais qualquer coisa que transpira em forma dum magnético charme. Esse dote tem sido o seu passaporte para o melhor do mundo todo! A vida sonhada por uns e outros realizam com facilidade. A natureza sabe ironizar os propósitos da humanidade e ali está a prova: quem diria que da Ana cozinheira, pequena e da cor do tição, que não conheceu mais que a fazenda onde cresceu e morreu cedo, sairia criatura deste porte!

A conversa fluiu para a vida comum. Soube que a coroa checa faz com que nem se sinta crise naquele país que já é da EU e realiza Democracia. A felicidade e prosperidade, sentem-se. Herdaram da ditadura a capacidade de se organizarem, que é o grande dote do comunismo. Por cá, uns quantos encarregaram-se de fazer do regime soviético, perigo a rejeitar. Resultado: as melhores das vontades juntas, continuam a sonhar com realizações sem se saberem deter naquela etapa fundamental da organização do trabalho. A nossa Democracia cresceu deformada, passando da infância para a fase adulta em que não nos revemos porque nos falta, ainda, a adolescência e juventude onde se formam o carácter e a resiliência. E como acontece aos indivíduos que não vivem as fazes da vida no tempo certo, vivendo-as depois fora do crescimento com consequências trágicas, estamos agora a viver uma dessas fazes em que falta fazer a estrutura sem querermos voltar ao momento em que devíamos ter aprendido a construí-la em conjunto.

A Europa do euro é uma velha recalcada que não passou pelas experiências colectivas doutras liberdades e agora não sabe como usar o fruto que guardou verde sem deixar amadurecer e agora lhe amarga a existência.\\

 

Maria Leonor Vieira (Membro da Coordenação Nacional +D)
Os textos de opinião aqui publicados, se bem que da autoria de membros dos órgãos do +D, traduzem somente as posições pessoais de quem os assina.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

[Opinião +D] Uma receita para acabar de vez com o défice

Muito simples: taxar as barbaridades que se publicam nos nossos jornais. Bem sei que estamos em plena “silly season” – mas, garanto-vos, haveria grossa receita todo o ano, sem ser preciso cortar ainda mais nos salários e nas reformas. Apenas três exemplos recentes:

- ainda a propósito das famosas “swaps”, o PSD acusou o PS de “podridão política” e o PS acusou o PSD de “política baixa”. Decerto, não vale a pena explicar ao nosso bloco central que mesmo a infinita paciência dos portugueses tem limites para a alternância…

- uma associação de defesa dos animais resolveu dar o nome de “Mandela” ao (infelizmente) famoso cão “Zico”, que matou uma criança. A sua dirigente acha que, tal como Mandela foi um símbolo da luta anti-racista, também o cão se deve tornar num símbolo da luta “anti-especista”. Decerto, não vale a pena explicar à dirigente animalista que no nefasto regime do “apartheid” é que Nelson Mandela tinha um estatuto sub-humano…


- o provedor dos leitores do jornal “Diário de Notícias” considerou, com toda a convicção, que os famosos “briefings” do Governo, através dos quais este se tem afundado ainda mais, são um “prenúncio do fascismo”. Decerto, não vale a pena explicar ao tão perspicaz provedor a famosa história de “Pedro e o Lobo”; ou será a do “bicho-papão”?!...






Renato Epifânio (membro da Coordenação Nacional do +D)

Os textos de opinião aqui publicados, se bem que da autoria de membros dos órgãos do +D, traduzem somente as posições pessoais de quem os assina.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

[Comunicado] Declaração da Associação Mais Democracia sobre as próximas Eleições Autárquicas

Consideramos que as Eleições Autárquicas que se avizinham podem e devem servir para expressar o nosso repúdio pelo monopólio partidário que, cada vez mais, tem tornado refém a nossa Democracia.

Privilegiamos, por princípio, as candidaturas independentes face às candidaturas partidárias, se bem que tenhamos consciência de que nem todas as candidaturas que se apresentam como “independentes” nestas Eleições Autárquicas o sejam verdadeiramente. De igual modo, sabemos que mesmo as candidaturas verdadeiramente independentes, por si só, não são, a priori, uma garantia absoluta de isenção e de competência.

Nessa medida, apelamos aos nossos associados e simpatizantes para que, nas eleições que ocorrerão a 29 de Setembro, votem, sempre que haja essa alternativa e que esta se apresente como credível, em candidaturas independentes.

domingo, 11 de agosto de 2013

[Opinião +D] Escandalosa falta de vergonha

É difícil continuar a acreditar que votar serve para alguma coisa se este ato não se traduzir numa real mudança. Este sentimento nasce perante o ritmo vertiginoso a que se sucedem os escândalos e as notícias de que este ou aquele político esteve ou está envolvido no negócio X ou Y.

Estas notícias levam-nos a um crescente e epidémico sentimento de descrença que alastra à escala nacional. Todos estamos fartos, cansados e já nem apetece ouvir o pedido de desculpa que é apresentado no dia seguinte, sobretudo, quando as justificações se tornam absurdamente ridículas e incoerentes.

A mim, o que mais me espanta e, simultaneamente, causa repulsa é a falta de palavra. Aquilo que se diz num dia, no dia seguinte já não é válido. Aquilo que era mentira, no dia seguinte é verdade e jura-se “a pés juntos” factos, que passadas horas, já não são bem assim.

Claro que as pessoas podem mudar de opinião ou podem não se recordar de algo que ocorreu há algum tempo atrás no meio de uma extensa agenda política mas este constante desdizer, do que anteriormente era um facto, só leva a que já praticamente ninguém acredite na classe política.

Não são só os partidos e os próprios políticos que perdem com esta atitude. Perde também o país e cada um de nós porque honra e reputação parecem ser palavras que se esvaziam de sentido e de utilidade, face a esta desacreditação global dos políticos portugueses.

Claro que este fenómeno não ocorre exclusivamente no nosso país. Contudo, quando este tipo de questões e casos se passam a repetir quase dia sim, dia sim, começamos a perguntar-nos quando é que isto mudará e até quando é que os portugueses continuarão a aguentar. Admiro-me, sinceramente, que não se fartem. Era bom que acordassem e percebessem que a solução para este tipo de questões passa por criar uma alternativa nova que rompa, definitivamente, com o “rodar de cadeiras” entre PS e PSD. Quanto aos outros partidos devia nascer a ambição de se tornarem realmente alternativa. É um mistério a sua quietude e aparente submissão a este estado de coisas.

Esta minha reflexão surgiu, é certo, motivada pelas últimas notícias ligadas às PPP rodoviárias ou aos contratos swap mas há também o caso BPN e antes deste, muitos outros escândalos, que parecem nunca ter consequências nem afectar as figuras que com eles estão directamente envolvidos e ao contrário nos afectam a todos nós.

Por tudo isto e muito mais, gostaria que os portugueses, realmente, se zangassem com os políticos envolvidos nestas questões e gostaria que essa atitude se reflectisse no voto das próximas eleições. Espero que assim seja.



Margarida Ladeira (Membro da Coordenação Nacional +D)
Este comentário é da exclusiva responsabilidade da sua autora


[Opinião +D] À mulher de César

No sorteio para determinar a ordem dos candidatos no boletim de voto, não há uma tômbola transparente onde as bolas numeradas saltam ao rodar, acrescentando espetáculo à cerimónia, como acontece nos bingos e nos sorteios da Santa Casa. Nem ilusões de transparência. Ali na sala de audiências, o ato é sóbrio e leve. A assistência retira, duma antiga taça de folha que se adivinha com muito uso, as bolas previamente numeradas em que cada número corresponde à ordem pela qual as candidaturas deram entrada na secretaria do tribunal. Simples, claro, a tempo e horas, presidido e esclarecido de modo a que o cidadão mais a leste das andanças político-jurídicas entenda o que se faz e onde se chega. É uma exceção ao funcionamento habitual das máquinas da justiça e da política. Mas é simbólico. Esta simplicidade e transparência bem que poderia ser exemplar e contagiante até onde fizer sentido usar. Se quisessem, claro!

 

Maria Leonor Vieira (Membro da Coordenação Nacional +D)
Os textos de opinião aqui publicados, se bem que da autoria de membros dos órgãos do +D, traduzem somente as posições pessoais de quem os assina.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

[Opinião +D] Bem Governar

Os políticos do bipartido PS/PSD que rotativamente nos vão governando (graças aos abstencionismo crónico de muitos de nós) ainda não perceberam que para Bem Governar há que governar de forma Exemplar. E que nos assuntos da Despesa Pública, nenhuma despesa não essencial pode substituir quando se reduzem subsídios de desemprego ou abonos de família.

Não se compreende assim porque é que um governo obcecado no "corte da despesa intermédia" e que tem que cortar 4,7 mil milhões de euros até 2014 ainda não inventariou a frota automóvel do Estado por forma a reduzi-la de forma sensível. Não se compreende porque é não se listaram todas as numerosas "licenças sem vencimento" no Estado ou as ainda mais escandalosas acumulações de funções (e vencimentos) em funcionários superiores do Estado. Não se compreende porque ainda não se fecharam os numerosos "observatórios" que pululam um pouco por todo o lado e que desviam verbas do Estado a caminho dos bolsos de algumas mediáticas (e ex-políticas) figuras... não se compreende porque não se reduziram ainda os gastos com telefones e comunicações ou as rendas dos numerosos edifícios alugados pelo Estado enquanto numerosos outros (um pouco por todo o país) permanecem abandonados e a degradarem-se ano após ano, esperando compradores que nunca irão surgir neste contexto de estagnação do mercado imobiliário.

Não se compreende porque é que o bipartido não percebeu que não pode exigir sacrifícios sem fim aos cidadãos se ainda não foi capaz de dar ele mesmo o Exemplo da contenção.




Rui Martins (membro da Coordenação Nacional do +D)

Os textos de opinião aqui publicados, se bem que da autoria de membros dos órgãos do +D, traduzem somente as posições pessoais de quem os assina.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

[Comunicado MaisDemocracia]

A Associação Mais Democracia (www.MaisDemocracia.org), que incorpora na sua “Carta Fundadora”) a promoção da Democracia Participativa, elegeu as eleições autárquicas como um dos seus objetivos para este ano.
Neste sentido, lançámos várias candidaturas autárquicas em várias câmaras, assembleias municipais e juntas de freguesia um pouco por todo o país. Condicionalismos de vária ordem, desde o pouco tempo que tivemos para conseguirmos as assinaturas necessárias (a Associação Mais Democracia foi formalizada apenas no início deste ano) até à falta de recursos financeiros, passando pelo sistemático silenciamento mediático, impediram, porém, que conseguíssemos cumprir plenamente a nossa aposta.
Apesar de todas essas dificuldades, conseguimos promover uma candidatura que muito nos honra à Câmara Municipal, Assembleia Municipal e Freguesia de Santarém, encabeçada por Francisco Mendes, Presidente da Coordenação Nacional da nossa Associação, para além de outras, como em Lisboa, onde iremos concorrer a duas freguesias (Penha de França e Estrela), que juntas, agregam mais de 45 mil eleitores. Isto para além de muitas outras candidaturas que, de forma expressa ou tácita, se inspiraram no nosso exemplo.
Independentemente dos resultados que venhamos a obter, estamos já a pensar no futuro. Pretendemos, em parceria com outros movimentos cívicos, promover uma plataforma que, já nas próximas eleições europeias e legislativas, se possa assumir como uma real alternativa às esgotadas candidaturas partidárias que cada vez menos representam o povo português.
É preciso algo de novo. A Associação Mais Democracia dará a cara por essa alternativa.

[Opinião +D] Da “podridão política”

O caso que envolve Rui Manchete, o novo Ministro dos Negócios Estrangeiros, é bem elucidativo da “podridão política” a que chegámos – para usarmos uma expressão do próprio.

Num primeiro momento, houve muita gente a saudar o seu ingresso no Governo – finalmente, tínhamos “cabelos brancos”, “respeitabilidade”, etc. Logo, porém, essa aura se desvaneceu por inteiro quando se recordou o seu percurso político e, sobretudo, extra-político (para mais, omitido no seu currículo oficial).

Não é, porém, este caso particular que pretendo aqui denunciar, mas todo um sistema, o chamado “bloco central dos interesses”, que propicia este tipo de situações, sobretudo nos nossos dois principais partidos, que, eleição após eleição, têm assegurado a Governação.


O que nos leva ao seguinte impasse: por um lado, os mais jovens líderes da nossa classe partidária são cada vez piores (basta lembrar a sequência: Durão Barroso > Santana Lopes > José Sócrates > Pedro Passos Coelho > António José Seguro); por outro, os menos jovens (com excepções, como acontece sempre) deixaram-se enredar na “podridão” dos negócios feitos à sombra do Estado. Urge, realmente, uma grande regeneração da nossa classe política.






Renato Epifânio (membro da Coordenação Nacional do +D)

Os textos de opinião aqui publicados, se bem que da autoria de membros dos órgãos do +D, traduzem somente as posições pessoais de quem os assina.

domingo, 4 de agosto de 2013

[Opinião +D] Atirador de elite

O atirador de elite é aquele que tem a sua disposição uma arma poderosa, e é capaz de atingir com precisão alvos pequenos a grandes distâncias. O lema desses atiradores é “tiro e queda” "Um disparo, um acerto". Ou seja, atiradores de elite focam apenas o seu alvo principal e preparam-se para o momento exato de o atingir com precisão. Essa é a estratégia que Mário Soares, está querendo continuar a adotar, mas a idade vai dando conta de alguma irracionalidade, Mário Soares quer se queira quer não, nunca foi exemplo da democracia e no que toca a vinganças, quem lhas fez tem que lhas pagar, e nesta tema foi grande perito. Pelo que Mário Soares me ensinou sobre o direito à Liberdade ficarei sempre reconhecido e admirador, mas na minha opinião o papel de guerrear, já foi.

Portugal chegou a uma situação que nenhum cidadão que tenha lutado pela Liberdade se sente satisfeito, compreendo que todos os que passaram pelo arco do poder se sintam envergonhados, existe apenas uma atitude politica que supostamente devia ser prioritária para todos os responsáveis políticos, porque todos estão de acordo principalmente os que defendem a honestidade e a ética, é a JUSTIÇA, combatendo a corrupção e a falta de transparência. Vivemos num País de VILANIA, porque nada é feito.






Fernando Faria (membro da Coordenação Nacional do +D)

Os textos de opinião aqui publicados, se bem que da autoria de membros dos órgãos do +D, traduzem somente as posições pessoais de quem os assina.


sábado, 3 de agosto de 2013

[Opinião +D] Ai se quiséssemos a sério...

Ontem para mim foi um dia enorme, daqueles que vale a pena viver. São momentos assim que devido à sua natureza nos tornam gente, nos enchem a vista de outros horizontes. Digo sempre que o ser avô me impele a relativizar os problemas e a suportar os desmandos diários deste sistema que escraviza o Mundo, mas ontem tive o privilégio com um grupo de amigos, de dar corpo a uma Candidatura Independente pela primeira vez a disputar a Presidência da Câmara de Santarém, o que me fortalece e anima.

Ainda temos muito que fazer mas ter contrariado a apatia generalizada e o protesto feito no sofá, contando com tanta gente do mesmo lado da barricada, faz-me acreditar que é tudo uma questão de querermos. 



Carlos Seixas  (membro da Coordenação Nacional do +D)
Os textos de opinião aqui publicados, se bem que da autoria de membros dos órgãos do +D, traduzem somente as posições pessoais de quem os assina.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

[Opinião +D] A contas com candidatura

Recentemente, presenciei uma sessão destinada a esclarecer sobre as contas das candidaturas às próximas eleições Autárquicas. Em teoria, estas sessões são essenciais a qualquer candidatura pela oportunidade de tirar dúvidas junto da fonte. Na prática, acontecem também mais coisas como sentirmos que os nossos receios sobre aquilo que nos parecia uma aberração legislada têm toda a razão de ser! Refiro-me à obrigatoriedade imposta a candidaturas que a lei não deixa, sequer, aceder a dinheiros públicos, serem forçadas a prestar contas como se pudessem receber subvenções, em igualdade de dever com os partidos. Na vida pública, se não fossem as campanhas eleitorais proporcionarem aos partidos a oportunidade de terem fatia do Orçamento do Estado para alimentar a existência entre campanhas, alguns deles nem sequer se candidatariam! Prestar contas é demonstrar os meios usados ou a usar, em determinada ação. Exigir a prestação de contas faz sentido quando se proporciona esses meios a outrem. Mas que sentido faz exigir a prestação de contas aos que usam apenas o pouco que é seu? Que democracia é esta que vem escrutinar os nossos recursos e meios? Nesse ato, deixam de ser nossos e passam a ser de quem escrutina! O princípio da transparência não pede isso! Como se uma desbaratização obrigasse todos a usar bata asséptica! Se há dúvidas sobre a origem dos recursos, investiguem-se essas origens e onere-se quem a elas recorre. Agora um grupo de vizinhos, apoiado por mais vizinhos resolve candidatar-se a tomar conta dos destinos da sua freguesia e tem de prestar contas de quê? Contrariamente ao que seria de esperar numa democracia que se diz tendencialmente participativa, o Estado nem sequer apoia estes vizinhos, nem lhe reconhece a mais legítima forma de exercer a res-publicae! Pelo contrário, embarga-os quando os onera com exigências de trabalhos que num partido político já estão assegurados pela máquina partidária e pela garantia da subvenção do Orçamento Geral do Estado! A máquina encurrala os movimentos independentes de cidadania para o beco da formação partidária. O desiderato destes movimentos, é permitir a participação política a todos os atores da sociedade civil. O tempo que a sociedade civil e estes movimentos tiverem de condicionar a sua ação pelo calvário burocrático, é a medida provada e demonstradora do quão longe a democracia está da prática política!

 

Maria Leonor Vieira (Membro da Coordenação Nacional +D)
Os textos de opinião aqui publicados, se bem que da autoria de membros dos órgãos do +D, traduzem somente as posições pessoais de quem os assina.