Uns com os pés de molho e outros a cumprir a via sacra dos festivais de verão não se apercebem do Tsunami que se avizinha. Lembro-me que a autoridade Marítima aqui há uns tempos atrás, mandou, e bem, quanto a mim, evacuar as praias do Algarve porque no horizonte algo se assemelhava a uma onda e afinal eram nuvens. Mas não são nuvens desta vez. Todos os indicadores indicam que vem aí borrasca da valente. Os ratos já estão a abandonar o barco. As Bolsas que gostam de jogar á roleta com as economias dos outros, estão a descartar-se. Se tiver que cair que caia e que arraste quem cego pelo ouro e honrarias exponenciou com esquemas à margem das regras do jogo, as oportunidades de enriquecimento. Que se atolem nos títulos bolorentos a cheirar a untosa corrupção e que se lembrem do tempo em que escarneceram de quem acreditava no trabalho e na possibilidade de através dele mudar o destino.
A sucessiva desregulamentação dos sectores económicos escancarou a porta aos chicos-espertos que se lambuzaram com o que não lhes pertencia, e continuam. É por isso que o fim do sigilo bancário, e o acesso às declarações de impostos deveria avançar porque se estivermos à espera que os Reguladores atuem mais vale avançarmos para a confrontação do sistema. Os 35 graus de hoje são irrelevantes para o aquecimento que aí vem.
Carlos Seixas (membro da Coordenação Nacional do +D)
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