Sendo isso válido para todos
os países da União Europeia, isso é particularmente válido para Portugal. Numa
pura lógica nacional, Portugal não é equacionável a médio-longo prazo. Essa é,
de resto, uma das lições maiores da nossa história: ao longo desta, Portugal
sempre integrou plataformas mais vastas no plano económico e político.
A aposta na União Europeia foi
apenas mais um exemplo disso. Dados todos os traumas que decorreram das guerras
coloniais e do não menos traumático processo de descolonização, parecia óbvia a
aposta na integração europeia. E era. Não tivéssemos desprezado os laços com o
restante espaço lusófono, o que fragilizou, em muito, o nosso processo de integração,
como se tornou entretanto evidente. Face a esse colossal erro geoestratégico,
Portugal está hoje, à escala europeia e global, numa posição cada vez mais
subalterna.
Mais do que isso, Portugal
está hoje num beco sem saída: não pode sair, unilateralmente, da União Europeia
e, ficando na União Europeia (e, sobretudo, na “zona euro”), estará cada vez
pior… Face a isso, a única saída parece-nos ser corrigir esse colossal erro
geostratégico que nos trouxe à presente situação, apostando agora no reforço gradual
dos laços com os restantes países e regiões do espaço lusófono, como defende o + D = Democracia
em Movimento.
Renato Epifânio (membro da Coordenação Nacional do +D)
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