segunda-feira, 26 de maio de 2014

[Opinião +D] Quatro notas sobre as Eleições Europeias

Sem surpresa, a abstenção foi a grande vencedora das Eleições Europeias.
Teve uma maioria de dois terços, aquela que, saliente-se, é necessária para promover qualquer alteração constitucional.
O auto-proclamado grande vencedor destas Eleições, o Partido Socialista, não teve sequer um terço do terço da população que foi votar: ou seja, no total, o Partido Socialista teve pouco mais de um décimo do total do universo eleitoral. Pretender que o Partido Socialista representa a “vontade geral” do país só pode ser uma piada de mau gosto. De muito mau gosto.
Duas notas finais: jamais votaria no Rui Tavares, porque considero que ele está completamente iludido nas suas ideias sobre a Europa, mas reconheço que ele foi dos poucos candidatos a apresentar ideias sobre a Europa, pelo que não posso, em parte, deixar de lamentar o resultado do Partido Livre. Mais um Partido que morre à nascença… Quando ao candidato Marinho e Pinto, deve reconhecer-se o resultado extraordinário que teve, à sua escala: fez o Partido da Terra subir, em mais de mil por cento, a sua votação, eclipsando, ainda mais, o Bloco de Esquerda. Os arautos da “situação” já o reduziram a um epifenómeno “populista”, mas isso só traduz a sua habitual miopia. O resultado de Marinho e Pinto apenas mostra que há espaço, muito espaço, para uma verdadeira alternativa à partidocracia que nos tem (des)governado nas últimas décadas. Trabalhemos por isso.



Renato Epifânio (membro da Coordenação Nacional do +D)

Os textos de opinião aqui publicados, se bem que da autoria de membros dos órgãos do +D, traduzem somente as posições pessoais de quem os assina. 


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