Hugo Chávez, El Comandante, tornou-se célebre no mundo e na América
Latina, pelo que disse, e também por o terem mandado, celebremente,
calar. Foi, aliás, um rei, durante uma cimeira Latino Americana. Hugo
Chávez foi um dos últimos grandes caudilhos, americanos,uma espécie de
Evita Péron, mas de calças, que orientou o seu discurso para os
"descamizados" da Venezuela, e cujas palavras tiveram eco em toda a
América do Sul, onde tinha tantos adoradores, como detractores.
Ele deu a dignidade que faltava aos deserdados, ficou conhecido por ser
um dos grandes lideres ditos, anti imperialistas, que à custa da
monocultura do petróleo que saia das profundezas da sua terra, vendia aos
EUA, ajudava a sobreviver o regime comunista de Cuba ,em nome da
solidariedade socialista,e evidentemente o seu. Ele foi também um grande
amigo de Portugal, e chamava a José Sócrates de irmão. Durante o seu
consulado muitas empresas portuguesas foram trabalhar para a
Venezuela, sobretudo construtoras, ao mesmo tempo que fez importantes
compras de produtos portugueses. Tentou estar de bem com a comunidade
portuguesa em Caracas, mas alguns assassínios e raptos de
portugueses, acabaram por a virar contra ele. Muitos são madeirenses.
Hugo Chávez sobreviveu a um golpe de Estado em que o levaram preso, mas
depois de libertado, nunca mais parou de subir. Passou a ser um espécie
de tele evangelista politico. Falava aos Domingos sete horas seguidas
da varanda do seu palácio,para o povo do seu país, e em plena actuação
demitia ministros, ou ordenava desmantelamentos de estruturas
imobiliárias com que não concordava, e multava com multas pesadíssimas, os órgãos de informação que não lhe eram favoráveis.
Com o seu carisma ganhou todas as eleições que fez no seu país,mas nas
últimas muito contestadas,ludibriou o povo,porque concorreu já muito
doente, não o disse, e tentou apresentar se como tendo saúde a jorros,
para ser eleito.
El Comandante como era conhecido,era generoso e expansivo, mas segundo o
seus detractores o seu consulado deu origem à maior corrupção de que há
memória no seu país, e também à maior insegurança nas ruas de toda a
América do Sul, em Caracas, sua capital.
Hugo Chávez deixa uma herança,ele que era fascinado por Simon Bolíver,libertador da América,de que queria ser émulo.
Ter
ido para Cuba tratar-se, em vez de ir para o Brasil, para o Hospital
Libanês, com experiência de tratar este tipo de cancro que o matou, como lhe aconselharam, pode ter sido uma aposta errada. Porém, errado mesmo foi ter respeitado muito pouco a Democracia, indo aos poucos tornando se num populista, a despeito de parte da sua
oposição ser muito corrupta.
Ele criou um regime,mas duvida-se que lhe sobreviva!
António Serzedelo (membro da Coordenação Nacional do +D)
Mas em que é que HC respeitou pouco a Democracia? Por acaso conhece a realidade? HC foi um presidente legítimo. Eleito pelas pessoas, democraticamente. Casos e histórias mal contadas existem em todos os países que ninguém contesta serem democráticos. Apenas uns exemplos: Rosa Mendes, por cá, história muito mal contada. David Kelly, em 2003,na pátria da democracia, suicidado no tempo de Tony Blair. Para não falar do muito democrático, e bem contado, Guantanamo, que São Obama prometeu encerrar ... antes de eleito pela primeira vez.
ResponderEliminarO que os opositores de HC (os do povo) mais criticam do seu "reinado" é a insegurança, não a falta de democracia. Mas esse é outro problema, com nuances extremamente complexas. Será por culpa de HC que, segundo alguns rankings, das 10 cidades mais perigosas no mundo, 8 estão na América Latina?