sábado, 16 de março de 2013

[Opinião +D] Quando tirarem o tapete.

A virtude superior da política não é o uso da força ou o exercício pertinaz da vontade, como imaturamente se tem feito, com estes “meninos das jotas” e dos seu inevitáveis orientadores a quem hoje apelidamos de dinossauros. A qualidade específica da política é a aptidão para harmonizar interesses contrários e até contraditórios, de molde a fazer enquadramento e dar coesão aos esforços individuais e coletivos. Isto é tão verdadeiro que até um político autoritário, como Passos Coelho tem que reconhecer que agradar à “TROYKA” e aos seus amigos dinossauros não é tarefa fácil, ou antes, muito menos possível. Encontra-se aqui uma analogia imediata entre os que escolhem uma carreira política, e através dela o “estar no poder” e aqueles que por diversas situações entram na ribalta do protagonismo e de figuras mediáticas, o que não é muito difícil com os meios visuais que temos, mais as especulações que as revistas cor de rosa, imprensa diária e semanal exploram até ao nível da mentira.

 O pior é quando as conveniências deixarem de existir e o tapete deixar de ter o suporte do pavimento, isto é, parafraseando um dito popular, quando lhes tirarem o tapete. Aí qualquer ser vivo entra em total paranóia e, em alternativa, tudo serve para manter o status quo. Não me admira, portanto, que os antigos políticos da nossa ribalta gozem de estatutos que bem caro nos ficam. Mas o pior é quando os artistas que gravitam nesta altura na politica, se vejam confrontados com o povo a tirarem-lhes o tapete, porque tem vindo a ser desprezado e humilhado nesta nação que é portuguesa, e acreditem que não somos assim tão poucos.




Fernando Faria (membro da Coordenação Nacional do +D)

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