domingo, 3 de março de 2013

[Opinião +D] Em 2012 ainda andávamos a fazer rotundas


Voltamos à data na entrada do Euro, talvez assim possamos entender onde hoje estamos. A assinatura do tratado de adesão deu direito a cartão de crédito de Bruxelas. E a primeira vaga de fundos comunitários tiveram um pré-plano que lhe deram o nome de Marshall, pois daqui estava previsto um Visa gold, com o financiamento decisivo para vencermos a diferença que nos separava da média europeia, era de facto a realidade que as estatísticas  não escondiam. Finalmente Portugal estava no clube dos ricos, e tinha recebido formação  profissional para se preparar de forma a desenvolver a sua economia para vencer as grandes batalhas até ao final do século (2000), pois a subida do nível de vida tinha que ser SUSTENTÁVEL, os valores eram e ainda são bem conhecidos mas nos manter no EURO.

Os rapazes que governavam este País, tinham algumas qualidades, mas suportavam em simultâneo  defeitos, estes  por azar da maioria dos portugueses, muito superiores às qualidades referidas, registe-se; ambição do poder, opções de forte desenvolvimento em espaços curtos sem exigências de grandes tecnologias, o patrão não gosta que os trabalhadores utilizem tecnologias que eles (os patrões) não dominam, opção simples, que me desculpem os construtores deste País, mas de facto os patos bravos entraram em velocidade de ponta na maioria subempreiteiros de subempreiteiros dando origem aos chamados trabalhos a mais, enfim foi um fartar vilanagem, chegados a 1990, é verdade os anos 90 abrem com arrefecimento no crescimento.

Para manter o meu afastamento às descrições que em economia se utilizam, manterei a mesma linguagem de um cidadão comum, e assim digo que os sinais eram o contrário do pretendido, mas a culpa é sempre do pressuposto que leva à execução do trabalho, e se o resultado não é atingido é porque os pressupostos foram alterados em relação ao previsto.

Ora aqui está a causa e o efeito, porquê? então o dinheiro que nos deram não foi para desenvolver atividades SUSTENTÁVEIS,  então a construção de pontes, estradas, casas e rotundas não fazem parte das exigências que nos foram colocadas NÃO.

Então como se devia ter feito?

Definir centros produtivos adaptados aos nossos hábitos, modernizando equipamentos e desenvolver informação no sentido de mais produção mais diversidade e menos esforço humano, e à medida que estas atividades se desenvolviam iriam sendo postos à sua disposição os meios necessários de melhor    logística instalações e estradas.

Chegámos a 2012 e ainda andávamos a fazer rotundas




Fernando Faria (membro da Coordenação Nacional do +D)

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