Durante cerca de 4
horas, em mais de 40 cidades do pais e muitas outras cidades europeias, grupos
de cidadãos mais ou menos organizados, emergiram em manifestações empunhando
cartazes contra a política de austeridade “selvagem” que o governo tem
persistido em aplicar à Nação, nos dois últimos anos.
Nos dias anteriores
as redes sociais encheram-se de mensagens mobilizadoras, multiplicadas vezes
sem conta, e repercutidas em quase todos os órgãos de comunicação social,
percebendo que este evento, iria repetir a dimensão do que lhe precedeu em 15
de setembro passado.
E uma vez mais, “o
melhor povo do mundo” manifestou-se sem medo, nem concessões a práticas de
vandalismo, que pelas mesmas razões em causa temos observado noutras paragens.
Apesar destes
levantamentos populares, o Governo persiste no propósito de continuação e
aprofundamento das suas políticas, apesar dos resultados mais que desastrados que
elas têm causado: crescimento imparável da dívida pública, rigidez na descida
do deficit orçamental do Estado, desemprego nunca visto em Portugal, insolvências
de empresas e cidadãos, emigração da juventude qualificada, com consequências
demográficas potencialmente ruinosas das politicas de pensões, etc. e o
consequente desespero e angústia que se revela entre a população, que votou e
não votou nos partidos do governo,
e que se capta nas conversas de rua, por todo o lado.
Por isso, o
Movimento +D incorporou-se na manifestação em vários pontos do pais, reclamando
mais democracia e em particular, mais democracia participativa para cortar a
distância entre eleitos e eleitores na formulação das politicas que nos
governam.
E continuaremos por
todo o pais a reforçar a nossa intervenção politica, cientes que numa
democracia moderna dispomos de novas tecnologias para fomentar a participação
dos cidadãos na discussão das politicas nacionais e locais. A começar pelas
escolhas dos seus eleitos.
Fernando Lucas (membro da Coordenação Nacional do +D)
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