Pouco depois, uma amiga enviou-me uma mensagem em que dizia: “Relvas demitiu-se. O primeiro “rato” a abandonar o barco que vai naufragar brevemente?”. Só hoje à hora de almoço é que lhe consegui responder (faço-o normalmente aproveitando este período de sossego quando almoço sozinho): “O problema é que o barco que vai afundando alegremente é o nosso país e o Relvas, o Governo, os partidos e muitos outros são os que lhes vão fazendo os buracos que deixam que a água entre…”
A troca de mensagens continuou e a conversa seguiu noutro caminho que já aqui não vem ao caso e acabei por não lhe dizer a parte mais importante. Bem mais importante do que os jogos políticos que levam a que esta demissão, que, segundo o próprio, já estava acordada com o primeiro-ministro há semanas, tenha lugar na véspera do suposto anúncio da decisão do Tribunal Constitucional quanto ao orçamento, o que previsivelmente levaria a esquecer rapidamente esta questão. E até mais importante que o facto de se conseguirem licenciaturas por favores.
O que eu não cheguei a dizer à minha amiga foi uma coisa muito simples: é que continuamos a assistir da bancada a vergonhas como esta e a muitíssimas outras e pouco fazemos no terreno para as modificar…
Mas ela sabe-o, como quase todos nós sabemos, só que assobiamos para o ar para não termos de o assumir e de agir!...
Francisco Mendes (Membro da Coordenação Nacional +D)
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