sexta-feira, 19 de abril de 2013

[Opinião +D] Direitos Humanos e Desporto

No futebol e em certos desportos de massas é dificílimo ser gay ou lésbica assumidos, mesmo que se tenha uma boa performance.

A verdade é que as federações, há muitos anos que lutam exclusivamente, contra o racismo, por uma razão muito simples. E que há cada vez mais jogadores de diferentes etnias, em todas equipas, que custaram muito caro aos clubes.

Ora eles querem vê-los bem rentabilizados, custaram-lhes enormes fortunas, o que não se coaduna com o facto de, quando jogam, se falham golos, o que é normal, serem logo mimoseados com insultos vindos das bancadas, como já tem acontecido muita vez. Tal faz-lhes baixar a rentabilidade em jogo, devido ao stress causado por tais insultos.

Em França por exemplo, com os jogadores árabes, de origem magregbina, e em Portugal com afros, já tem acontecido.

A etnia é algo que é visível a todos, não é disfarçável, enquanto a orientação sexual é.
Daí que se há castigos muito fortes, impostos pelas federações, para os insultos nos estádios, de cariz racista, estes não estejam consignados para os insultos motivados pela eventual orientação sexual dos jogadores,que se desconhece.

Os poucos casos de jogadores que assumiram publicamente as suas orientações sexuais, até hoje, acabaram mal. Suicídios e depressões graves.

Robbie Rogers o jogador inglês que se revelou recentemente, e jogava em importantes clubes do seu país, e que alguns críticos comparavam com Reinaldo,percebeu o risco que corria nos estádios, sempre que não goleasse, e como isso não acontece sempre, resolveu desistir.


Na verdade o que ele reclamou, foi assertivo: se metesse golos, o titulo dos jornais seria:"Gay meteu golo!". Se não goleasse, seria :" Gay não consegue acertar!",enfim, uma paródia sobre a sua orientação sexual. Ele não estava disponível para isso. Saiu!

Na verdade  o importante,seria que as federações desportivas, assumissem os Direitos Humanos como  um todo, e  se empenhassem decisivamente nessa luta.
Seria muito impactante, pela força que o futebol e outros desportos de massa  têm junto de públicos de milhões de pessoas.

Assim, todas elas seriam sensibilizadas para esta luta crucial, apanágio das verdadeiras Democracias,
que são os Direitos Humanos.

Seria certamente um sucesso,e um upgrade civilizacional.







António Serzedelo (membro da Coordenação Nacional do +D)





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