terça-feira, 9 de abril de 2013

[Opinião +D] Não há Paciência


Compartilho com Tenzin Gyatso (aka: o Dalai Lama), o mesmo maior defeito: a falta de paciência. Esta enfermidade da alma resulta de uma auto-análise, não da confluência do sufrágio daqueles que me rodeiam, caso em que concorreriam outros defeitos, desde a ignorância, a incapacidade crónica de escrever textos de qualidade, a falta de inteligência e uma inexistente capacidade de expressão oral. Mas estão todos errados. O meu maior defeito é mesmo o de não ter paciência.

Não tenho paciência para debates infindáveis, onde filas de doutos doutores discorrem vacuidades sobre etéreos bizantinismos ou sobre a cristalina sabedoria das suas barrocas mentes. Onde se derramam doses massivas de citações, de autores, de publicações e outros onanismos mentais. Onde se coçam mutuamente costados até ao rapamento total das próprias unhas.

Não tenho paciência para aqueles que conseguem passar horas FALANDO, mas que quando desafiados a fazerem algo que realmente MUDE a Situação que nos rege, que interfira realmente na realidade que de forma não-democrática tecem em nosso redor, RECUSAM porque "não têm tempo", porque acreditam "que não vale a pena" e porque, sobretudo, receiam comprometer-se.

Não tenho paciência. Mas tenho o impulso e dever imperativos de não fazer como esses Portugueses, de me erguer, de FAZER (sem crer que quem FAZ, é por isso, mentalmente inferior) e de construir uma alternativa realmente inovadora, capaz de interferir neste pântano da política partidocrata em que vivemos e de construir uma Lista Participativa à cidade de Lisboa em torno de três princípios:

1. Todos são bem-vindos à lista partici­pativa de Lisboa. Não importa a orientação política de cada um, interessa apenas o empenho para discutir as melhores propostas e soluções para a nossa cidade.

2. As listas partici­pativas aos órgãos autárqu­icos de Lisboa serão feitas através de uma eleição primária interna, garantindo que a ordenação final é democrá­tica e reflete as propostas e trabalho de cada um.

3. Todos os eleitos serão delegados  dos cidadãos de Lisboa, devendo sempre auscutá­-los (em assembl­eias presenc­iais ou através da Internet) antes dos debates e votações nos órgãos autárqu­icos. Os eleitos destas listas serão represe­ntantes dos cidadãos e nunca tomarão o cargo em seu proveito próprio.

Não me rendo. Não se renda você também: Adira às listas independentes que o MaisDemocracia.org está a organizar em MaisSantarem.org e em MaisLisboa.org e FAÇA, enquanto outros FALAM.




Rui Martins (membro da Coordenação Nacional do +D)

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