Escondido em cada rua do nosso dia-a-dia, nos sítios mais inesperados
surge o Buraco. Pressentimo-lo a cada passo e nem sempre se revela, mas
está lá. E quem o criou? Sem pai nem mãe o Buraco agarra-se a quem passa
desesperadamente na expectativa de criar uma família, criar laços e
estabelecer-se, encontrar-se com outros Buracos e quem sabe procriar.
Não serve para exportar, nem vai melhorar a fluidez da economia interna e
portanto não interessa, nem desenvolver, nem incentivar a sua criação. É
por isso que devemos devolver o buraco à procedência. Para a terra dos
Buracos. Para casa dos pais. Neste ponto o processo emperra, patina e
não sai do mesmo sítio porque a paternidade do dito é discutida em
intermináveis dissertações sem qualquer resultado. Vamos lá pôr um ponto
final no desenvolvimento do dito e começar pelo principio, afinal quem
são os pais do Buraco ?
Carlos Seixas (membro da Coordenação Nacional do +D)
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