sábado, 18 de maio de 2013

[Opinião +D] Política local e nacional – que diferenças?!...


Numa altura em que quase todos nós já verificámos, por experiência vivida e muitas vezes sofrida, que o mundo da política, em que têm dominado os partidos, é um mundo de falsidade para ser meigo nas palavras, como é possível que supostos experientes e doutos seus elementos vão ainda pensando que nos continuam a “meter Lisboa pelos olhos dentro” e que nós somos lerdinhos, como em geral éramos um pouco aqui há alguns anos atrás, e que continuamos a acreditar que eles estão a tentar defender-nos.

Desculpem, mas estas situações fazem-me sempre lembrar um texto de Gil Vicente que relativamente aos nossos descobrimentos dizia satiricamente “pelejámos e roubámos cheios de boas intenções”.

Vem isto a propósito do acordo, chamemos-lhe assim, que a coligação governamental fez no passado fim-de-semana para tirar rendimentos aos reformados e pensionistas.

Como é que é possível que também Paulo Portas concorde ou pelo menos aceite estas medidas depois de ter jurado a pés juntos que nunca o permitiria? Está bem, as medidas foram retocadas, mas o que é que isso interessa?! O figurino é o mesmo…

Inadmissível! Não poderemos mesmo confiar em nada nem em ninguém como muitos já afirmam?!

Mas estas situações fazem-me lembrar outras que se passam a nível local, no caso em Santarém. Fazem-me lembrar, por exemplo, o caricato que muitas vezes são as sessões da Assembleia Municipal muito em particular os alargadíssimos períodos antes da ordem do dia.

Ainda na última houve uma risada geral porque os membros eleitos por um dado partido tentaram, como sempre, seguir a votação dos assumidos líderes do grupo e hesitaram várias vezes porque também esses mesmos líderes o fizeram. E assim foram levantando e baixando o braço como se se tratasse de uma dança em que os que estão mais atrás seguem os da frente normalmente mais experientes. Não interessa mencionar o partido porque isto podia ter acontecido com outro qualquer…

E como comecei por falar de ética na política não resisto a dizer-lhes que não consigo entender o que pensam alguns membros daquela mesma Assembleia quando tentam fazer uma cópia local do que de mal se passa na Assembleia da República e assim monopolizam o tempo com quase insultos e tentando fazer uma estatística de qual dos partidos que preside ou presidiu à Câmara fez pior trabalho.

Vá lá, meus senhores e minhas senhoras, foquem-se no futuro e deixem de estar colados ao passado numa posição que pode ser muito interessante para o vosso próprio ego mas que certamente já não lhes dará votos e, pior, nada traz de positivo para os munícipes… <br />









Francisco Mendes (Membro da Coordenação Nacional +D)

Os textos de opinião aqui publicados, se bem que da autoria de membros dos órgãos do +D, traduzem somente as posições pessoais de quem os assina.

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