Depois de anos de cimeiras europeias, do G8, do G20, etc. a discutir o mesmo assunto - a viciação consentida das fontes de financiamento dos Estados, por aqueles que dispõem de maior capacidade financeira – poderemos estar no início de uma nova fase desta luta.
A pressão de organizações independentes dos partidos políticos, veiculada nos relatórios da Transparência Internacional ou a recente divulgação de uma enorme volume de ficheiros sobre as operações secretas dos off-shores, pela ICIJ, International Consortium of Investigative Journalists, são as práticas que interessam aos cidadãos que querem defender o regime democrático, de facto.
Enquanto a maioria das populações europeias está submetida a enormes sacrifícios nos seus padrões de vida, um estudo de James S. Henry, antigo economista-chefe da McKiensey, aponta para um crescimento das fortunas geridas, a nível mundial, pelos 50 maiores bancos privados que usam habitualmente os off-shores, mais do que duplicou entre 2005 e 2010.
É este o mundo em que vivemos. É este o mundo que os democratas de todo o mundo precisam denunciar e exigir que ele seja banido, porque perverte e mina a própria sustentabilidade dos Estados.
Fernando Lucas (membro da Coordenação Nacional do +D)
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textos de opinião aqui publicados, se bem que da autoria de membros dos
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