terça-feira, 7 de maio de 2013

[Opinião +D] É preciso que algo mude para que tudo fique na mesma


Se isso não fosse tão prejudicial a Portugal e à grande maioria portugueses, até seria capaz de achar graça à forma como o nosso sistema político-mediático segue a célebre máxima de Lampedusa.


Vem isto a propósito do último Congresso do Partido Socialista e da cobertura mediática que este, em geral, teve. Face à cada vez mais óbvia falência do Governo, o nosso sistema político-mediático tudo faz para nos convencer de que há realmente uma alternativa, que possa ainda salvar a nossa falida Partidocracia.


O guião, porém, é sempre o mesmo, de tal forma que já não deveria impressionar ninguém: simula-se uma falsa abertura à “sociedade civil”, inclusive estimulando a criação de falsos movimentos cívicos. Sim, nós lembramo-nos. Também Pedro Passos Coelho fez o mesmo. E antes dele…


Tudo isto quando, no próprio Congresso do Partido Socialista, se rejeitou uma proposta que, essa sim, propiciaria alguma abertura: desde logo na eleição dos candidatos partidários. Não importa. O que interessa agora é convencerem-nos que António José Seguro será o líder do próximo Governo, porque sim. Todo o nosso sistema mediático seguirá agora esse guião, não estivesse ele também refém da nossa falida Partidocracia. Por mais que ninguém acredite realmente em Seguro, é preciso manter a farsa. Até ao fim.







Renato Epifânio (membro da Coordenação Nacional do +D)


Os textos de opinião aqui publicados, se bem que da autoria de membros dos órgãos do +D, traduzem somente as posições pessoais de quem os assina.

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