Se isso não fosse tão
prejudicial a Portugal e à grande maioria portugueses, até seria capaz de achar
graça à forma como o nosso sistema político-mediático segue a célebre máxima de
Lampedusa.
Vem isto a propósito do último
Congresso do Partido Socialista e da cobertura mediática que este, em geral,
teve. Face à cada vez mais óbvia falência do Governo, o nosso sistema
político-mediático tudo faz para nos convencer de que há realmente uma
alternativa, que possa ainda salvar a nossa falida Partidocracia.
O guião, porém, é sempre o
mesmo, de tal forma que já não deveria impressionar ninguém: simula-se uma falsa
abertura à “sociedade civil”, inclusive estimulando a criação de falsos
movimentos cívicos. Sim, nós lembramo-nos. Também Pedro Passos Coelho fez o
mesmo. E antes dele…
Tudo isto quando, no próprio
Congresso do Partido Socialista, se rejeitou uma proposta que, essa sim,
propiciaria alguma abertura: desde logo na eleição dos candidatos partidários. Não
importa. O que interessa agora é convencerem-nos que António José Seguro será o
líder do próximo Governo, porque sim. Todo o nosso sistema mediático seguirá
agora esse guião, não estivesse ele também refém da nossa falida Partidocracia.
Por mais que ninguém acredite realmente em Seguro, é preciso manter a farsa. Até
ao fim.
Renato Epifânio (membro da Coordenação Nacional do +D)
Os textos de opinião aqui publicados, se bem que da autoria de membros dos órgãos do +D, traduzem somente as posições pessoais de quem os assina.
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