Os funcionários públicos tem vindo a ter cortes nos
seus rendimentos desde 2011, ou seja, há quatro anos consecutivos. Começou
ainda no tempo de Sócrates e ainda antes da chegada da Troika. O governo quer
cortar novamente nos seus salários. Continuam a seguir a mesma receita e
comentadores como Marques Mendes avisam que a continuar assim “irão perder os
melhores”. Como se isso não estivesse já a acontecer. Pouco criativo, o governo
prossegue na fórmula fácil para se continuarem a seguir as medidas de
austeridade.
Numa família onde pai e mãe são funcionários
públicos isto pode significar muita coisa, sobretudo, se o salário de ambos rondar
os tais 600 euros. Será que os políticos deste país tem a noção do isso
significa? Sinceramente, não me parece.
A par desta medida parece que o governo pretende
também cortar nas subvenções dos políticos. A ver vamos porque eu só acredito
depois de ver. Perante esta perspetiva já há uma série de “senhores”
incomodados. Eu queria era ver os ditos senhores a dar o exemplo. Sim porque se
exigem sacrifícios aos funcionários públicos deviam estar prontos a fazê-lo também.
Ou então troquem. Vivam eles e as respectivas esposas com 600 euros de ordenado
por mês.
Há quem ache que isto é normal e que a reforma da
função pública implica isto. Estão enganados e esses não entendem que os
funcionários públicos e alguns dos seus serviços são vitais ao país e que
perde-los e perder qualidade nestes serviços é tornar o país mais pobre para
todos. Veja-se o caso da saúde e da educação onde se tem tomada medida
desastrosas, atabalhoadas e completamente incompetentes.
E afinal para onde vão os cortes que estão a ser feitos na
despesa? E porque não avançaram realmente com os cortes nos subsídios para
fundações de carácter duvidoso e que em muitos casos nem se sabe ao certo
porque existem? E quando é que se investigam a fundo as grandes empresas e dos
lucros que fazem graças às PPP’s. E o caso BPN? Fica por aqui? E quando será
que acabam com as exorbitantes regalias dos deputados e ex-políticos? Pergunto-me
até quando aguentaremos, tranquilamente, tanto roubo e incompetência política.
Margarida Ladeira (Membro da Coordenação Nacional +D)
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