quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

[Opinião +D] "Começa a existir uma consciência generalizada que estamos perante não uma crise económica, mas democrática que os europeus estão a viver."

Começa a existir uma consciência generalizada que estamos perante não uma crise económica, mas democrática que os europeus estão a viver. Manuel Arriaga, Rebooting Democracy. 

A crise europeia não é uma crise económica. É uma crise de confiança nas instituições de governo nacionais e transnacionais que, depois, se traduz, em cascata. Em crises económicas e financeiras, sucessivas, mal resolvidas e que retiram legitimidade aos governos eleitos e às (numerosas) instituições europeias sem legitimação democrática direta. 

 A crise europeia é assim uma crise de valores, uma crise que cresce à medida que aumenta a distância entre eleitos e eleitores e entre governantes não eleitos e cidadãos. É uma crise de regime e só pode ser resolvida alterando o regime de governo, transformando a atual democracia representativa numa democracia participativa ou semi-direta, que envolva mais os cidadãos, que os recoloque no centro das decisões políticas e que lhes devolva a centralidade na política, retirando dessa posição as entidades não democráticas supranacionais e os "interesses" que dela se apossaram.

Rui Martins (membro da Coordenação Nacional do +D)
Os textos de opinião aqui publicados, se bem que da autoria de membros dos órgãos do +D, traduzem somente as posições pessoais de quem os assina.

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