Chamar aos acontecimentos que envolvem o trajeto politico da Grécia de brincadeira de criancinhas até me parece justo porque na realidade as brincadeiras antecedem a aprendizagem de coisas sérias e preparam-nos para a dureza implacável dos dias que hão-de vir.
As histórias que me contavam em pequeno e cujo enredo emergia nas outras histórias que mais tarde ouvi e vivi ensinaram-me sempre qualquer coisa.
Não que tenha, mais tarde, evitado espalhanços por utilização de ensinamentos interiorizados porque as condições mascaram os sinais que memorizamos. A coisa é tão séria que o BCE veio a correr fechar a torneira com medo que o exemplo pegue e que outros sigam um caminho novo que está a ser trilhado por gente desclassificada, já se vê, mas que representa um grito de revolta que se espalha pelo Sul da Europa.
Temo que os próprios interessados em que vingue esta nova abordagem se acobardem e regressem ao seu dia a dia de compromissos com o consumo e aos estereótipos do Norte da Europa.
Grécia,Itália, Espanha e Portugal têm muito a ganhar com esta história de criancinhas: respeito e espaço para arrancar com novas estratégias de desenvolvimento económico e social, assim o queiramos!
Carlos Seixas (membro da Coordenação Nacional do +D)
Os textos de opinião aqui publicados, se bem que da autoria de membros dos órgãos do +D, traduzem somente as posições pessoais de quem os assina.
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