sábado, 7 de junho de 2014

[Opinião +D] Redes locais

Todos nós sabemos que a sociedade que nos rodeia precisa de ser menos egoísta e que temos sérias dificuldades à nossa volta. Supostamente nada temos a ver com isso. Essas questões são do foro do Estado e não me devo intrometer na vida dos outros.
Será que nada temos a ver com isto?
Pergunto então quem é o Estado? (das ideologias mais liberais às mais comunistas todos vão dizer que o Estado somos nós todos).
Em países mais evoluídos estes temas são abordados pelos seus cidadãos desde pequenos nas escolas, em componentes cívicas e colocadas num ponto de vista em que tudo nos diz respeito. Segundo esses parâmetros, se um passeio está danificado é nosso dever comunicar às autoridades competentes para fazerem a sua reparação, se alguém passa fome temos a obrigação de, se não pudermos, pedir apoio a instituições que possam ajudar as famílias carenciadas. Se há pessoas da terceira idade que por questões de mobilidade têm dificuldade de ir ao centro de saúde, há que arranjar meios para podermos facilitar os seus cuidados médicos.
Por outro lado, fazer acções de voluntariado e criar redes que possam colmatar as faltas do Estado é uma boa forma de fazer estas ligações que faltam. Veja-se o caso do ReFood em que toneladas de comida iam para o lixo e que estavam em bom estado. Agora um grupo de voluntários vai buscar aos restaurantes essa comida em excesso para dar a quem mais precisa.
Em Cascais, já há voluntários para serem uma espécie de “curadores” de bairro. São pessoas que têm um telemóvel da Câmara Municipal, tem só uns números pré-determinados (serviços da Câmara) que os voluntários devem contactar em caso de dano de algum equipamento de rua.
Quanto a idosos sem mobilidade ainda não sei quem possa resolver esta questão. Quem sabe um dia destes o +D comece a organizar esforços para isto acontecer!
Ricardo Trindade Carvalhosa  (membro da Coordenação Nacional do +D)

Os textos de opinião aqui publicados, se bem que da autoria de membros dos órgãos do +D, traduzem somente as posições pessoais de quem os assina.

1 comentário:

  1. Já agora aproveito para dizer que cometi uma errata. Não são curadores de bairro mas sim tutores de bairro.

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