terça-feira, 5 de novembro de 2013

[Opinião +D] O trabalho, fonte de dignidade.

A Conferência da OIT ocorreu, presentemente, em Lisboa. Este credível e insuspeito organismo, ligada à ONU, veio alertar para (o que internamente também se constata e economistas afirmam), a necessidade de “por cobro às política de cortes nos salários e nas pensões, diminuir a austeridade, aumentar o salário mínimo como forma de estimular e desenvolver a economia”. Tudo isto ao invés das políticas desastrosas e teimosamenteseguidas pelo governo.

Guy Ryder, presidente da OIT, na sua conferência de abertura advertiu, a propósito do desemprego em Portugal e da deterioração deste, para necessidade de se colocar o trabalho no centro das estratégias governativas pois “sem postos de trabalho não pode haver crescimento económico sustentável”. Ora se as políticas de cortes e a austeridade a que se juntam os salários baixos não permitem o desenvolvimento da economia, não podem ser criados postos de trabalho. Os que existem cessam (na ordem de um para sete), o que coloca Portugal num triste ranking dos mais pobres e com maior desemprego. A economia não se desenvolve. A panorâmica, em termos de futuro, não é pois, promissora.

A OIT, criada em 1919, tem como função continuar a manter os princípios da conferência de Oslo com vista a melhores empregos para uma melhor economia, tendo como valores básicos: “que o trabalho não é uma mercadoria mas fonte de dignidade e justiça social; que a pobreza é uma ameaça à prosperidade; que todos os seres humanos têm o direito de prosseguir o seu bem-estar material em condições de liberdade e dignidade; que todos têm direito à segurança económica e igualdade de oportunidades”. Não restam, infelizmente, dúvidas que não estamos, mesmo, no bom caminho. Politicas cidadãs se impõem antes que seja demasiado tarde."





Conceição Couvaneiro (Conselho Geral do +D)

Os textos de opinião aqui publicados, se bem que da autoria de membros dos órgãos do +D, traduzem somente as posições pessoais de quem os assina.

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