terça-feira, 12 de novembro de 2013

[Opinião +D] Gafes ou recados?

Bizarro é, no mínimo, o que se tem assistido nos atos de governação. Causam perplexidade pois que, por mais que se queira, não se conseguem entender. Impressiona, mesmo, tal grau de irresponsabilidade. Perguntamo-nos: qual a intenção de quem mantem este estado de coisas? Dá a sensação que há quem queira prosseguir, no “quanto pior melhor”. Na “política da terra queimada”. Refiro-me, particularmente, ao que se tem passado com o Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros. Não tivessem bastado já as dúvidas suscitadas pelos seus anteriores desempenhos (alguns ocultados do curriculum público), as questões levantadas à sua governação na Fundação Luso Americana, os escandalosos proveitos próprios em terra de gente sem nada... Mas o maior impacto são, naturalmente, os últimos acontecimentos que respeitam à sua ação, na política externa. Estes têm sido altamente lesivos dos interesses do País. Primeiro, as questões com Angola que, sem nada resolverem, contribuíram para agudizar um clima de tensão pouco desejável. Em Nova Díli, India, as afirmações de “vir a ser necessário a Portugal, um segundo resgate” caso se não verifiquem determinadas condições, que quantifica. Recados ou incompetência? A proliferação da informação veiculada por uma nova forma de fazer a diplomacia: a dos Mídea, não permite este tipo de procedimentos. A diplomacia no seu sentido tradicional exige políticas de diálogo, de aproximação e negociação.

A diplomacia pública deve ter a preocupação de construir e defender uma boa imagem do País, no exterior, através da comunicação, contactos com povos e governos, disseminação dos valores de uma cultura e orgulho de um Povo. Em diplomacia não há atos ingénuos. Por isso que atue, quem de direito.





Conceição Couvaneiro (Conselho Geral do +D)

Os textos de opinião aqui publicados, se bem que da autoria de membros dos órgãos do +D, traduzem somente as posições pessoais de quem os assina.

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