domingo, 15 de setembro de 2013

[Opinião +D] Tecnologia a bem do cidadão ou a destruição do Mundo

Em breve tudo está conectado à rede, aguas, luzes, edifícios, hospitais, segurança, até as lixeiras serão inteligentes. Os carros auto conduzidos irão procurar o estacionamento mais perto, as televisões, música, controlo da nossa saúde em ligação com sensores de risco andarão no nosso pulso.

Certamente para monitorar e controlar os sensores vão ser necessários robôs e um ou outro técnico. Os portugueses não vão ser questionados pela Siemens, Intel, Cisco ou IBM, estes últimos já estão ocupados criando programas para resolver os problemas das cidades e de tudo que consideram necessário para o cidadão, abrindo caminhos dos quais os próprios mentores não tem conhecimento até onde podem chegar.

A IBM já hoje obtém dados sobre o trânsito em Califórnia, Estocolmo Singapura e os processa com algoritmos para antever os engarrafamentos uma hora antes de eles acontecerem.

Imaginamos no Rio de Janeiro um centro tipo "Nasa" controlando todos os dados de sensores e câmaras localizadas em toda a cidade.

A IBM tem cerca de 2.500 projetos, tendo já feito o registo do termo "SMARTER CITIES" (cidades inteligentes), tudo isto está avançando a bom ritmo sem que o cidadão comum tenha alguma interferência. As grandes empresas vão apostando e incentivando esta corrida em que os custos do investimento estão controlados, e os de manutenção serão os que forem necessários refletidos no cidadão, os custos que as grandes empresas irão aplicar, suportarão a formação dos habitantes que tenham que viver em cidades inteligentes.

A IBM afirma que tem envolvido cidadãos nos seus projetos de cidades inteligentes para ajudar as pessoas a encontrar as melhores soluções que a tecnologia lhes permite apresentar, no entanto até agora não se conhece ninguém que tivesse participado.

A WAZE tem um projeto que envolve os motoristas a informar a situação de movimento para que a sua programação dê alimentação ao sistema, e que naturalmente serão os primeiros a suportar os custos de tal beneficio..

A IBM no Estado americano do Lowa, está a desenvolver medidores do consumo de água inteligentes, passam a existir alterações de pressão de agua consoante a necessidade de caudal, toda esta tecnologia necessariamente vai ser paga por quem arrendar ou comprar casa, devidamente licenciada com tudo que possa ser associado "para bem do consumidor".

A China está construindo dezenas de novas cidades adotando enormes salas de controlo, para integrar novas tecnologias, passando de forma indireta a descriminar potencialmente os habitantes.

Steve Lewis já comprou terras em Portugal para levar de empreitada um sistema de tecnologia usada por McLaren da formula 1, para ajustar a uma cidade como se ela fosse um carro de corrida, Lewis pensa que uma cidade repleta de sensores também alimentam um centro de monitoramento.

Controlo de poluição, climas, nível de rios, serão mais razões para mais milhares de sensores, que chegarão a um centro de controlo para melhorar as condições de vida das pessoas.

Até agora ainda não foi possível fabricar sensores para qualificar os controladores como pessoas de bem, corremos portanto o risco de vir a ter controladores com o objetivo de destruição do Mundo.





Fernando Faria (membro da Coordenação Nacional do +D)
Os textos de opinião aqui publicados, se bem que da autoria de membros dos órgãos do +D, traduzem somente as posições pessoais de quem os assina.

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