O estado de conflito constante em que vive a nossa sociedade civil, o constante desgaste de recursos, meios e pessoas, o ambiente pesado e castigador em que todos nos arrastamos, é o ambiente de guerra.
Não é preciso conflito armado com munições capazes de destruição física, como nos cenários que a televisão nos vende: As armas aqui também destroem psicologicamente os indivíduos e votam ao abandono os bens, que pela erosão natural nos impõem a sua feia e triste decedência.
Que armas são estas? Leis! Todo um corpo legislativo encabeçado por uma Constituição da República Portuguesa incomplacente e desconforme com a vida em sociedade no tempo em que vivemos, até à mais comum norma que tem de respeitar a lei de bases e esta tem de respeitar a do topo.
A atual organização da sociedade tem por pressuposto os antagonismos, as oposições, a guerra. A partir dela, constrói a máquina legislativa que a todos oprime, mesmo quando legisla em nome da “democracia”.
Não se ouve nem interessa a quem manda que o povo tenha outra linguagem que não seja a do antagonismo. Não se legisla para criar condições de união de esforços e entendimento entre pessoas ou grupos que queiram fomentar a paz civil.
Pelo contrário, criam-se as regras onde o conflito se possa desenvolver e o paradigma disto são as normas da alternância “democrática”. O que são as campanhas eleitorais além de batalhas? O que é a governança do que ganha a eleição além da sua imposição aos vencidos? GUERRA! \\
Maria Leonor Vieira (Membro da Coordenação Nacional +D)
Os textos de opinião aqui publicados, se bem que da autoria de membros
dos órgãos do +D, traduzem somente as posições pessoais de quem os
assina.
Sem comentários:
Enviar um comentário