segunda-feira, 23 de setembro de 2013

[Opinião +D] Deixarmos de ser “anjinhos” no palco europeu

Se é verdade que os preconceitos dos povos do norte da Europa face aos do sul são lamentáveis, não menos lamentáveis são os preconceitos dos povos do sul face aos povos do norte, em particular no que toca à Alemanha.

A propósito das mais recentes eleições alemãs, esses preconceitos vieram todos à tona. Sobretudo, visando a Chanceler Merkel, a grande vencedora das eleições. Ora foi sendo rotulada como uma mera “dona-de-casa”, ora como uma “filha de um pastor luterano”, etc.

E, não obstante, nas terceiras eleições a que se submeteu, teve uma maioria ainda maior. E não venham agora dizer que o fenómeno tem algo de “nazi”. Não tem nada. O que se passa apenas é que Alemanha se tornou, enfim, conforme antecipou o anterior Chanceler, o social-democrata Gerhard Schröder, num “país normal”, isto é, passou a defender os seus interesses. Perante isso, só nos resta fazer o mesmo. E deixarmos de ser “anjinhos” no palco europeu…









Renato Epifânio (membro da Coordenação Nacional do +D)
Os textos de opinião aqui publicados, se bem que da autoria de membros dos órgãos do +D, traduzem somente as posições pessoais de quem os assina.

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