"Os psicólogos sociais descobriram que os indivíduos que experimentaram uma sensação de poder tornam-se menos capazes de criar empatia com os outros. Os políticos, em virtude das suas funções, tendem a ver-se a si próprios como detentores de poder e, logo, a serem incapazes de adoptar a perspectiva daqueles afetados pelas suas decisões. À medida que as suas carreiras evoluem ao longo dos anos e se ficam mais próximos do poder. Os políticos tornam-se gradualmente menos e menos capazes de se colocarem dentro dos sapatos dos cidadãos." Rebooting Democracy." Manuel Arriaga
Há várias formas de combater este fenómeno:
1. Limitar a duração de mandatos
2. Instituir mecanismos de revogação de mandatos, simples e acessíveis
3. Eleger deputados em listas distritais abertas e com voto preferencial
4. Instituir em todos os órgãos uninominais o principio das Primárias abertas a simpatizantes
5. Determinar - para todos os cargos electivos - a obrigação legal de receber os seus representados e publicar abertamente essas estatísticas assim como as consequências praticas e efectivas dessas reuniões.
6. Instituir Assembleias ou Painéis Deliberativos, compostos por cidadãos aleatoriamente escolhidos entre a população de eleitores, fazer acompanhar essas reuniões por "facilitadores" (sem direito de voto, mas especializados em orientar, sem coordenar, estas reuniões), dar um tema ou objetivo muito concretos e permitir que estas assembleias convoquem todos os peritos que julgarem úteis.
Estes são apenas seis, entre muitos outros métodos, de combater a profissionalização da politica e a aparelhização dos partidos. Nenhum deles é "radical" ou nunca foi experimentado ou testado. Todos juntos representam passos graduas, mas conscientes, a caminho de uma democracia mais participada e participativa, num percurso que se afigura tortuoso e difícil até uma verdadeira democracia de novo tipo, para uma "Democracia 2.0".
Os textos de opinião aqui publicados, se bem que da autoria de membros dos órgãos do +D, traduzem somente as posições pessoais de quem os assina.
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