Estamos no Natal, essa época de excessos hipócritas por excelência que ofuscam o que de mais valioso podemos fazer nesta altura: partilhar presenças e reforçar os afetos numa trégua aos dias sobressaltados que vivemos. Estando nestes preparos, ansiosos que os aromas quentes nos invadam e aqueçam, levamos em cima com todo o tipo de barbaridades a que os telejornais nos habituaram. Noutros tempos os cortes de salários e subsídios estragaram o legítimo gozo da primavera e os desmandos continuam. Desta vez, cá pelo burgo e para garantir a boa evolução do negócio em perspetiva, decretou-se a requisição civil da TAP procurando travar a greve anunciada. A esta prenda que acredito vá agitar a época, acrescentaria uma outra, essa dos próprios atingidos e que poderia muito bem ser uma prenda para todos nós. Não acatem a requisição civil por manifesta ilegalidade e não respeito pela Lei que a regula. Esse seria um golpe de misericórdia neste desgoverno e decerto tornaria este Natal inesquecível.
Carlos Seixas (membro da Coordenação Nacional do +D)
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