sábado, 16 de agosto de 2014

[Opinião +D] Sem guerras por favor!




Como diz um amigo meu: “isto é mais um caso de bestial a besta!”
Quando olho para o problema de Gaza com o mundo Islâmico entendo que a forma como foi resolvida foi mal desde o início e não sei se terá fim! É facto histórico que o povo Judeu já não tem terra desde que os romanos invadiram a atual Faixa de Gaza. Há até quem diga que foram amaldiçoados! À parte disso não podemos esquecer que o Estado de Israel foi comprado à Coroa Britânica que na década de 30’ ainda ocupava o território por magnatas judeus, uma vez que há milénios este povo de cultura própria sonhava com a “Terra Prometida”. Essa cultura tinha adquirido costumes ocidentais e se distancia ainda hoje das maneiras orientais árabes e por consequência da forma tribal beduína. A juntar-se a isto o território de Israel, segundo pude apurar, tem zonas em que a sua aquisição é dúbia.

Do ponto de vista árabe, Israel não passa de uma invasão atroz ajudada por um povo colonizador. Por isso entendem que têm que continuar uma guerra “santa” desta vez contra os judeus. Mas o maior problema é que não estamos a falar de um estado islâmico contra um estado judeu. O maior problema é que ditos civis integrados em grupos radicais islâmicos estão a atacar um Estado que para todos os efeitos é soberano há mais de 40 anos, civis esses que se escondem no meio de crianças, jovens e adultos. Gente que não tem culpa e até pode ser contra essa guerra. A construção de túneis para atacar Israel não é certa como também não é certa a sua destruição sem o consentimento do estado vizinho da Palestina, que poderia considerar este ato como uma ameaça à sua própria soberania.
Pegando nas frases que escrevi logo de início, não faz muitos meses em que a besta era o Hamas e que todo o mundo apoiava Israel.
O que fazer então? Pessoalmente não sei ao certo, mas entendo que o Hamas não devia atacar Israel e que Israel não pode fazer os atos militares que tem vindo a executar sem olhar se os ditos túneis passam por escolas, hospitais ou qualquer outro tipo de edifício público.  


O que é que isto tem a ver connosco? Relembro o que foi publicado no jornal “Diário de Noticias” esta semana em o Hamas revela a ideia de reconstruir o califado de Al-Andalus, do qual Portugal fazia parte e que D. Afonso Henriques conquistou. Com isto relembro que a chama árabe da conquista da Europa ainda está viva e que qualquer dia podemos vir a ter conflitos neste campo se nada fizermos.
Então devíamos ser contra a existência destes dois povos? Penso que não. Acho que a resposta não pode nunca basear-se no ódio, pois este gera ainda mais ódio.
Podemos sempre protestar como fizeram estes cidadãos em Lisboa no início do mês e que se veem nas imagens, mas particularmente esta alusão à proibição de um dos povos a meu ver é errada. Se calhar devemos promover o diálogo e a escolarização dos povos do Médio Oriente, bem como a sua tolerância.



Ricardo Trindade Carvalhosa  (membro da Coordenação Nacional do +D)

Os textos de opinião aqui publicados, se bem que da autoria de membros dos órgãos do +D, traduzem somente as posições pessoais de quem os assina.


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