segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

[Opinião +D] Novos partidos

Este mês tem surgido uma série de novos partidos. Ou melhor uma série de projetos daqueles que podem vir a ser, novos partidos. Muitos céticos dirão: “mais do mesmo…”. Eu digo: Ainda bem! Ainda bem, não porque goste de todos (bem longe disso), mas ainda bem pelo que isso significa. Significa que, finalmente, uma série de gente já não se revê na tradicional rotatividade - PS/ PSD para governar. Rotatividade essa que foi responsável por décadas de más governações. Esta bipolaridade vai acabar. Significa que para muita gente chegou a altura da mudança e que esta tem de acontecer e já. Não é mais adiável. Significa que mais e melhores partidos tem de surgir pois os que tem assento no parlamento praticamente nada fazem para combater de facto esta crise. Por fim, mas mais importante, significa que, finalmente, os cidadãos não vão mais esperar sentados. Vão ser eles os protagonistas!!!
Estes novos partidos não terão um caminho fácil. O sistema está montado para que tudo lhes seja difícil. Está montado por forma a tornar tudo tão complicado que a vontade de desistirem impere. Para além de toda a documentação exigida: estatutos, programa, princípios, etc., tem de ser entregues também 7500 assinaturas com: assinatura do apoiante, b.i., nº de eleitor, etc… Só quem passa por um processo destes entende o empenho e as horas de trabalho gratuito e voluntário que tudo isto implica.
Para além desta realidade, temos ainda a questão dos meios de comunicação social e, até a este nível, se vê como estes são permeáveis. Veja-se como têm dado um destaque muito maior ao Livre do que dão a outros novos projetos, só porque este está ligado a um eurodeputado. Chegada a este ponto, ocorre-me outra questão. Quantos destes partidos se distinguem e tem um projeto realmente novo? Porque a maioria deles não apresenta uma proposta realmente nova. A maioria deles compromete-se em estar mais à esquerda ou mais à direita.
Ora os portugueses não querem mais do mesmo!!! Os portugueses querem ser ouvidos e respeitados. Temos de ter um partido que dê voz aos desempregados, aos pensionistas, a quem vive à anos de recibos verdes, a quem aceita um salário inferior ao que vale o seu trabalho só porque prefere isso ao desemprego, a quem tem de emigrar para sobreviver, aos jovens que não vêm solução para o seu futuro. Os portugueses não querem um partido de esquerda, nem direita. Os portugueses querem um partido que seja transversal. Querem um partido que defenda Portugal. A meu ver só um apresenta este projeto. A meu ver só o +DP é um projeto verdadeiramente novo onde a cidadania e a Democracia Participativa são os princípios basilares.
Margarida Ladeira (Membro da Coordenação Nacional +D)
Este comentário é da exclusiva responsabilidade da sua autora

Sem comentários:

Enviar um comentário