terça-feira, 15 de abril de 2014

[Opinião +D] Paradoxos: esperanças e temores



Um grupo de estudiosos, professores e investigadores, de que fiz parte reuniu-se, há dias em Congresso, sobre a temática, "Educação: Identidade e Património". Esteve em discussão a importância do património material e imaterial, para o desenvolvimento humano. As heranças que traduzem e fixam memórias, reedificam crenças e geram atitudes e comportamentos Dão sentido ao presente e constroem futuros. Originam o património dos afectos, lastro comum de pertença. Pedagogos, historiadores, arqueólogos, paleontólogos, teorizaram sobre o valor, para a educação, destas memórias estruturantes, construtoras de equilíbrio e de bem-estar. A preocupação de respeitar e dar atenção ao processo de se tornar-se mais pessoa, através de memórias declarativas e ou implícitas. Múltiplos testemunhos e estratégias conjugadas com a preocupação de fazer gente mais feliz. Mais gente! A identidade que constitui o que nos diferencia, que nos torna genuínos, iguais a nós próprios, diferentes dos demais. Que cria um campo de emoções comuns, geradoras de comunidade. Territorializa a sociedade com as marcas do passado, da historia comum e do património. Reconfortada assim, no jardim das minhas crenças, adivinhava profeticamente, uma sociedade melhor, mais justa onde o valor fosse mais que o preço. Tecia a esperança em pessoas mais felizes, grupos e comunidade melhores e mais comprometidas. Mais solidarias. A importância e revalorização do testemunho e da partilha tornariam o universo humano e mais prometedor.

Dia 14, ontem, num outro contexto, um ilustre orador proferiu uma conferencia sobre o Clube de Bilderbergue , a que igualmente assisti. Apesar de tudo o que é silenciado e gerido pelos cento e poucos "deuses do mundo", no segredo das catacumbas, podem perceber-se, os desígnios dos seus mentores. Tal silencio, ao longo de já sessenta e tal sessões desde que foi criado em 1958, permite que venham a impo um controle geral, através de sistemas de manipulação. Não se trata de algo sobre o que apenas se especula. O mundo global com, apenas um governo, uma economia, uma religião, um exercito...pode estar em marcha, numa afirmação dos mais hediondos totalitarismos opressivos. Como tudo o que envolve secretismo e mistério, o assunto espicaça a curiosidade, gera temores. Deixa adivinhar insondáveis e hipotéticos destinos sombrios. Um mundo de totalitarismos que delineia uma nova ordem mundial. Uniformiza e amarfanha a sociedade, decreta as crises que geram ansiedade e depressão. Aniquila patrimónios e identidades e vence, pela força, impedindo, cada um, de ser construtor de destinos, autor e ator da sua vida. Questionemos e estejamos alerta, pois, este admirável, ou, terrifico, mundo novo que presenta mecanismos de submissão e de indignidade humana, numa total globalização que paralisa pela inevitabilidade e carência de recursos. Que, vencendo pelo stress, se apresenta e aceita, como inevitabilidade. É preciso, mais do que nunca, estar atento. Agir de forma concertada para que a democracia vença a imposição ideológica trazida pela inevitabilidade das crises artificiais. A educação tem que servir como reforço na afirmação da identidade e do património. Para preservação dos valores e dignidade de todos os homens.

Maria da Conceição Serrenho Couvaneiro (Conselho Geral do +D)

Os textos de opinião aqui publicados, se bem que da autoria de membros dos órgãos do +D, traduzem somente as posições pessoais de quem os assina.
                                                    



segunda-feira, 14 de abril de 2014

[Opinião +D] A Galiza e a Lusofonia



No Editorial da sua edição de 10 Abril do corrente ano, o Jornal Público, sob o título de “A Galiza e o estranho mundo da lusofonia”, qualifica como um “truque” a recente (data de 11 de Março) aprovação parlamentar, por unanimidade, da Iniciativa Legislativa Popular «Valentín Paz-Andrade», que visa não só, conforme é dito, o ensino obrigatório da língua portuguesa na Galiza, como ainda o relacionamento institucional e a recepção dos mass media portugueses. Tudo isto para, como é dito no Editorial, “estreitar laços com os países da lusofonia”.

Com o devido respeito, não vemos onde está o “truque”. Parece-nos perfeitamente natural esse estreitamento de laços com os países da lusofonia e que isso passe, desde logo, pelo ensino da língua. O que tem sido um “truque”, ou seja, algo de totalmente artificial, tem sido a política oficial nas últimas décadas de escamoteamento da especificidade da língua e da cultura galega e do voltar de costas ao espaço lusófono. Que finalmente o Parlamento galego tenha reconhecido, por unanimidade, o óbvio, isso só pode pecar por tardio.

No Editorial diz-se ainda que a medida “há-de ser aplaudida com euforia pelos que ambicionam ver a Galiza como parte da CPLP, alterando-lhe os estatutos para também receber regiões”. Tirando a referência à “euforia” (apenas porque não sou dado a esse tipo de sentimentos), assumo que aplaudo a iniciativa e que também me parece natural que a Galiza esteja institucionalmente representada na CPLP, assim como outras regiões com ligações históricas ao espaço lusófono – como, apenas para dar três exemplos, Goa, Macau e Malaca. Salvaguardando a diferença de estatuto entre regiões e países, o espaço lusófono só ficará completo quando abarcar e abraçar não apenas os países como todas essas regiões.

Tudo isto, obviamente, respeitando a vontade expressa das pessoas de cada uma dessas regiões – como foi agora o caso. Se a Galiza pretende pois “estreitar laços com os países da lusofonia”, não percebemos o incómodo que isso possa causar (a menos que se continue a agitar o “papão espanhol”). Se, como se escreve ainda no referido Editorial, deve haver uma “relação de respeito recíproco e em total liberdade”, não compreendemos em que medida esta iniciativa põe em causa esse respeito recíproco e essa total liberdade. Foram os parlamentares galegos que (por unanimidade, reitero) votaram esta iniciativa.


Que a iniciativa seja aplaudida em Portugal e um pouco por todo o espaço lusófono, isso só pode ser visto como um bom sinal: não só do reconhecimento do nosso passado histórico comum, como, sobretudo, da importância para o nosso futuro colectivo do desígnio estratégico da convergência lusófona – no plano cultural, desde logo, mas também nos planos social, económico e político. Não por acaso: nesta quarta-feira, 16 de Abril, na Sociedade de Geografia de Lisboa, no âmbito do II Congresso da Cidadania Lusófona, o MIL: Movimento Internacional Lusófono entregará o Prémio Personalidade Lusófona ao cidadão galego (e lusófono) Ângelo Cristóvão, em reconhecimento de todo o seu incansável trabalho em prol do reforço dos laços entre a Galiza e a Lusofonia. Fica o convite. Sem “truques”.

Renato Epifânio (membro da Coordenação Nacional do +D)

Os textos de opinião aqui publicados, se bem que da autoria de membros dos órgãos do +D, traduzem somente as posições pessoais de quem os assina.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

[Opinião +D] 25 de abril sempre






Muitas e boas são as razões para comemorar os quarenta anos do 25 de abril. Portugal é, em muitos aspectos, um país melhor do que era até então. Mas uma das promessas da revolução dos cravos – a democracia – ainda está por cumprir. Claro que vivemos numa democracia, onde todos podem dizer o que pensam, organizar-se em sindicatos e promover manifestações públicas sobre o que entenderem. Mas o sistema partidário, um dos pilares dessa democracia, foi profundamente corroído. Primeiro, porque os partidos não representam os seus eleitores, mas os seus dirigentes. Quanto votamos numa lista para a câmara municipal ou para a assembleia da República, não escolhemos que deputados queremos exactamente eleger. É o mesmo que comprar fruta num saco previamente fechado: já sabemos que os morangos que estão por cima são sempre os mais bonitos e vistosos, mas que lá pelo meio deve haver muito fruto bolorento. Depois, os partidos não são internamente democráticos, porque se organizam em função dos interesses dos seus dirigentes e não das suas bases. O melhor exemplo disso são as listas que a generalidade dos partidos apresentam às várias eleições: elas são construídas e impostas pelas direcções partidárias, que nesse processo esmagam as várias estruturaras intermédias. Assim, replicam e cristalizam os grupelhos que dominam o aparelho. Só muito recentemente, um partido português organizou uma lista eleitoral através de um processo de primárias abertas aos seus militantes e a independentes. Finalmente, os partidos políticos transformaram-se em centrais de interesses financeiros e económicos, repletos de gente (criminal e moralmente) corrupta, o que provocou uma onda adicional de repugnância dos cidadãos pela participação política. Portugal precisa de novas práticas para repor a dignidade e a vida partidária, enquanto instrumentos vitais para uma sociedade mesmo democrática e onde todos participem, saudavelmente, na condução dos assuntos públicos. Não será preciso exactamente um novo 25 de abril, mas isto também já lá não vai apenas com falinhas mansas.


José Diogo Madeira (Membro da Coordenação Nacional +D)
Os textos de opinião aqui publicados, se bem que da autoria de membros dos órgãos do +D, traduzem somente as posições pessoais de quem os assina.

terça-feira, 8 de abril de 2014

[Opinião +D] Pela Pátria Lutar

A política portuguesa está a passar por uma grave crise ideológica, moral e ética e isso dá origem à falta de interesse das pessoas, pelos assuntos do país. Tenho constatado junto dos mais jovens que existe pouca motivação e pouco interesse pela política. Criou-se a imagem que os políticos são todos desonestos apesar de isso não corresponder totalmente à verdade, visto que ainda existem muitos que lutam com seriedade pelos seus ideais.

Esta apatia é grave, visto que são as nossas vidas que estão em jogo e o nosso futuro e o futuro do nosso país.

Desde 25 de Abril de 1974 vivemos em Democracia. Democracia é a forma de governo em que a soberania é exercida pelo povo. É um regime de governo em que todas as importantes decisões políticas estão com o povo, que elegem seus representantes por meio do voto, no entanto o povo omite-se, não comparece a exercer esse direito. De eleição para eleição, a abstenção tem vindo a crescer. Também aqui, se verifica entre as camadas mais jovens esse desinteresse. Está na hora do povo tomar consciência da importância da sua participação no destino do país e voltar a participar ativamente neste processo eleitoral.

Outra forma de luta que não está a ser devidamente utilizada pelo povo, são as manifestações, que têm por objetivo demonstrar o descontentamento em relação a algo. As pessoas acomodam-se alegando que não vale a pena e continuam a reclamar sem nada fazer. Mas temos provas que uma manifestação poderá ter um êxito tanto maior quanto maior for o número de participantes.

Temos que tomar consciência desta realidade e começarmos a participar ativamente.

Os jovens, que irão estar um dia à frente deste país, têm que começar desde já a mostrar mais interesse pela política nacional e a participar mais no destino do país. Com o tempo, os jovens foram perdendo o espirito politico que víamos no passado. Os jovens têm que voltar a ter esse espirito, para não terem que sair para o estrangeiro, como tem vindo a acontecer. É lamentável ver os cérebros do nosso país a partir por falta de oportunidades, quando deveriam ficar e as suas capacidades serem aproveitadas no desenvolvimento de vários sectores. Os jovens de hoje em dia são os mais bem preparados dos últimos tempos e se lhes forem dadas oportunidades em Portugal, eles têm capacidade para reverter algumas situações e fazer crescer alguns sectores que estão um pouco postos de parte.


Está na hora de MUDAR. Temos que mudar mentalidades. Portugal é um país cheio de recursos naturais e tem excelentes condições, só temos que arregaçar as mangas e LUTAR…








Carlos Assunção (membro da Coordenação Nacional do +D)

Os textos de opinião aqui publicados, se bem que da autoria de membros dos órgãos do +D, traduzem somente as posições pessoais de quem os assina.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

[Opinião +D] Contra o sectarismo

O pensamento mediático (leia-se: o “pensamento” que em geral nos é impingido no espaço dos “media”) tende a ser um pensamento dilemático. Não só, exemplo mais evidente, entre “esquerda” e “direita”. À luz desse pensamento mediático, que cada vez mais infesta todo o pensamento, por se apresentar como o único pensamento de referência, tudo nos aparece como um dilema: “tradição” ou “inovação”, “conservadorismo” ou “progressismo”, “espiritualismo” ou “materialismo”, etc.

Já o pensamento filosófico, ao invés, emerge de uma lógica bem diferente. Decerto, nunca ocorreu a um Filósofo digno desse nome escolher, apenas para dar um exemplo clássico, entre “Uno” e “Múltiplo”. Pois que, filosoficamente, não se trata de escolher mas de acolher e integrar todas as contrapolaridades numa única visão. Só assim esta será uma visão ampla, filosófica, e não estreita, dilemática.

Para usar uma imagem de um Filósofo digno desse nome (falamos de José Marinho, provavelmente o maior Filósofo português do século XX), do que se trata, ainda e sempre, é de realizar essa “espiral que com a sua maravilhosa adunação abraça e funde, prevê e espera abraçar e fundir sem violência, todo o diverso revelado e possível”. Eis a “espiral” que representa, para o nosso pensador, o próprio “conhecimento da verdade”. Realiza ela a adunação de toda a diversidade, realiza-a ela de tal modo que essa adunação se cumpre “sem exclusão da mesma diversidade”.

Analogamente, não temos que escolher entre “conservadorismo” e “progressismo”, ou entre “tradição” e “inovação”, como a todo o momento o pensamento dilemático nos propõe. Nem é preciso recorrer a nenhum Filósofo digno desse nome para o perceber. Basta olhar para a própria Vida. Basta o saber da Vida para percebermos que não há real progresso se não se conservar, ao mesmo tempo, o que houver a conservar, que não há verdadeira inovação que se possa afirmar por negação da tradição, o que seria tão absurdo quanto defender que uma árvore só cresce se destruir as suas raízes…







Renato Epifânio (membro da Coordenação Nacional do +D)

Os textos de opinião aqui publicados, se bem que da autoria de membros dos órgãos do +D, traduzem somente as posições pessoais de quem os assina.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

[Opinião + D] Faz-nos falta Gente assim!...





No passado dia 3 de abril fez 22 anos que morreu Salgueiro Maia.
Como vem sendo hábito, realizou-se uma cerimónia de homenagem em Santarém, junto à sua estátua e à chaimite que o acompanhou na manhã do dia 25 de abril de 1974 rumo a Lisboa. Desta vez reforçada pelo facto de se aproximarem agora os 40 anos da chamada Revolução dos Cravos. E discursaram o Coronel Correia Bernardo (também ele teve fulcral importância no planear e no dia da revolução, apesar de pouco conhecido fora de Santarém) e o Presidente da Câmara Municipal de Santarém. 

Estive lá presente, tal como estiveram dezenas de munícipes de Santarém, uns mais outros menos conhecidos nestas lides, apesar da chuva que se previa e que no fim nos mandou embora um pouco mais rapidamente.  
Natércia Maia, a professora de muitos scalabitanos, mulher de Salgueiro Maia, voltou também a estar lá e ainda bem, mas desta vez não falou. Ela que tantas vezes me diz a mim e a outras pessoas que nunca sabe muito bem como deve agir e reagir em muitas das situações e eventos em que se vê envolvida. É que não sabe o que é que o marido faria se ali estivesse presente. Tem dúvidas, como todos nós, sobre o que é que ele pensaria destas homenagens póstumas. Ele que nunca as permitiu em vida, ele que nunca quis condecorações, nunca quis reconhecimentos, muito menos aceitar qualquer género de cargos…

Também eu, quando estou nestes eventos, penso se aquele Homem acharia bem que gente como eu, que apesar de o admirar muito, nem sequer o conheci (ele morreu em 1992 e eu passei a viver em Santarém em 1993), estivesse ali.
E mais ainda reflito sobre o que pensaria este Homem, que viveu o suficiente para perceber que abril não estava a ser cumprido, de por todo o lado de Portugal ser homenageado também pelos muitos diretos responsáveis por Portugal não ter seguido o espírito desse dia de 74. Ele que disse: "Não se preocupem com o local onde sepultar o meu corpo. Preocupem-se é com aqueles que querem sepultar o que ajudei a construir".
O que acharia das nossas atuais preocupações sobre se a sua estátua deve estar mais aqui ou mais ali um Homem que deixou dito que: "Determino que desejo ser sepultado em Castelo de Vide, em campa rasa, e utilizar o caixão mais barato do mercado, o transporte do mesmo deve fazer-se pelo meio mais económico, de preferência, em viatura militar".

O que acharia ele de, 40 anos depois do 25 de abril, continuarmos mais e mais a ver crimes de corrupção e usurpação prescreverem impunemente, assistirmos a roubos que quase parecem ser ou são mesmo legais como acontece com as PPP, com o BPN e tantos mais? O que acharia do povo português estar a perder tudo o que a nível de saúde, educação, justiça, etc. foi conseguindo no seguimento do esforço dele e de muitos? E o que acharia ainda de tudo isso estar a ser conseguido com a desculpa (com a capa…) da inevitabilidade?! O que pensaria, em suma, de estarmos, sem a necessidade de qualquer revolução e com a nossa generalizada conivência e complacência, a deixar fugir a nossa Democracia?!

É que, para o bem e para o mal, ele era diferente (ou é…, porque há coisas que não morrem …). Faz-nos falta Gente assim…





Francisco Mendes (Membro da Coordenação Nacional +D)

Os textos de opinião aqui publicados, se bem que da autoria de membros dos órgãos do +D, traduzem somente as posições pessoais de quem os assina.

segunda-feira, 31 de março de 2014

[Opinião +D] Ainda estamos “em tutela”



Numa das cerca de meia centena de Cartas escritas para António Telmo, escreveu Agostinho da Silva o seguinte: "Parece, no entanto, que pelo jeito com que estão tratando do assunto todo o governo e a oposição, talvez as coisas rebentem primeiro na África, com uma declaração unilateral de autonomia, à moda rodesiana; e parece que grande parte da gente em Portugal se inclina para o abandono de África; o que significará imediatamente Portugal em tutela." (Carta de 17 de Novembro de 1968, in Revista NOVA ÁGUIA, nº 13, 1º Semestre de 2014, p. 102). Quarenta e cinco anos depois, é caso para perguntar: não é como estamos?

Decerto, Agostinho da Silva não defendia a manutenção do regime colonial – pelo contrário, denunciou bem cedo o seu esgotamento. Simplesmente, o fim do regime colonial não deveria implicar, a seu ver, o “abandono” de todos os territórios de língua portuguesa, em prol de uma aposta exclusivista na integração europeia. Dever-se-ia ter criado bem mais cedo uma verdadeira Comunidade Lusófona. Num texto publicado no jornal brasileiro O Estado de São Paulo, com a data de 27 de Outubro de 1957, Agostinho da Silva havia já proposto “uma Confederação dos povos de língua portuguesa”. Escusado será dizer que, passado já mais de meio século sobre esta proposta, estamos ainda longe, muito longe, de ter cumprido este sonho. Ainda estamos “em tutela”.







Renato Epifânio (membro da Coordenação Nacional do +D)

Os textos de opinião aqui publicados, se bem que da autoria de membros dos órgãos do +D, traduzem somente as posições pessoais de quem os assina.