Muito simples: taxar as
barbaridades que se publicam nos nossos jornais. Bem sei que estamos em plena “silly
season” – mas, garanto-vos, haveria grossa receita todo o ano, sem ser preciso
cortar ainda mais nos salários e nas reformas. Apenas três exemplos recentes:
- ainda a propósito das famosas
“swaps”, o PSD acusou o PS de “podridão política” e o PS acusou o PSD de “política
baixa”. Decerto, não vale a pena explicar ao nosso bloco central que mesmo a
infinita paciência dos portugueses tem limites para a alternância…
- uma associação de defesa dos
animais resolveu dar o nome de “Mandela” ao (infelizmente) famoso cão “Zico”,
que matou uma criança. A sua dirigente acha que, tal como Mandela foi um
símbolo da luta anti-racista, também o cão se deve tornar num símbolo da luta “anti-especista”.
Decerto, não vale a pena explicar à dirigente animalista que no nefasto regime
do “apartheid” é que Nelson Mandela tinha um estatuto sub-humano…
- o provedor dos leitores do
jornal “Diário de Notícias” considerou, com toda a convicção, que os famosos “briefings”
do Governo, através dos quais este se tem afundado ainda mais, são um “prenúncio
do fascismo”. Decerto, não vale a pena explicar ao tão perspicaz provedor a
famosa história de “Pedro e o Lobo”; ou será a do “bicho-papão”?!...
Renato Epifânio (membro da Coordenação Nacional do +D)
Os textos de opinião aqui publicados, se bem que da autoria de membros dos órgãos do +D, traduzem somente as posições pessoais de quem os assina.
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