A conversa fluiu para a vida comum. Soube que a coroa checa faz com que nem se sinta crise naquele país que já é da EU e realiza Democracia. A felicidade e prosperidade, sentem-se. Herdaram da ditadura a capacidade de se organizarem, que é o grande dote do comunismo. Por cá, uns quantos encarregaram-se de fazer do regime soviético, perigo a rejeitar. Resultado: as melhores das vontades juntas, continuam a sonhar com realizações sem se saberem deter naquela etapa fundamental da organização do trabalho. A nossa Democracia cresceu deformada, passando da infância para a fase adulta em que não nos revemos porque nos falta, ainda, a adolescência e juventude onde se formam o carácter e a resiliência. E como acontece aos indivíduos que não vivem as fazes da vida no tempo certo, vivendo-as depois fora do crescimento com consequências trágicas, estamos agora a viver uma dessas fazes em que falta fazer a estrutura sem querermos voltar ao momento em que devíamos ter aprendido a construí-la em conjunto.
A Europa do euro é uma velha recalcada que não passou pelas experiências colectivas doutras liberdades e agora não sabe como usar o fruto que guardou verde sem deixar amadurecer e agora lhe amarga a existência.\\
Maria Leonor Vieira (Membro da Coordenação Nacional +D)
Os textos de opinião aqui publicados, se bem que da autoria de membros dos órgãos do +D, traduzem somente as posições pessoais de quem os assina.
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